Tido como um facínora, homem sem piedade, bandido sanguinário, monstro e até como a própria encarnação do diabo, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, marcou a história do Nordeste e até a do Brasil, com seus longos vinte anos de correrias e crimes pelo sertão nordestino. Este trabalho mostra o que poucas pessoas sabem e poucos pesquisadores se dedicaram a desvendar: o cangaceiro Lampião, juntamente com os outros membros do seu bando, desenvolveu outro lado da sua existência como ser - a questão da sua religiosidade.
Por: Eraldo Ribeiro Tavares
Como a maioria dos sertanejos praticantes do chamado
catolicismo popular, Lampião mantinha relação com anjos e santos, rezava todos
os dias e acreditava em forças ocultas e em sonhos. Nunca buscou fugir às
regras em que foi educado desde criança pela sua mãe e pela sua avó que foram
as responsáveis pela sua formação religiosa. Era devoto de alguns santos, em
especial de Nossa Senhora da Conceição. Tinha como hábito realizar missas
improvisadas sempre acompanhado dos demais cangaceiros que viviam sob seu
comando.
Isso funcionava como fator de respeito e servia para
amenizar possíveis sofrimentos da alma que pairassem sobre eles. Assim, a
questão da religiosidade dentro do cangaço torna-se fundamental para enriquecer
a temática na qual, volta e meia os interessados se deparam com novas obras.
Todavia, elas não tocam exclusivamente na questão da vivência religiosa do
bando. Muitos trabalhos já foram publicados sobre o cangaço e, em especial,
sobre Lampião. Sendo mais uma, esta dissertação foi escrita com a finalidade de
contribuir para alargar a visão sobre o fenômeno do cangaço, em especial
utilizando os elementos das Ciências da Religião para entender um pouco mais
sobre a questão da religiosidade na pessoa de Lampião e dos cangaceiros que
viveram em sua órbita de comando.
Veja o trabalho de Eraldo Ribeiro Tavares clique AQUI
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