A demanda por transporte aéreo dentro do país cresceu 3,8% nos primeiros seis meses do ano de 2015 na comparação com o mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados hoje (23) pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que reúne informações das companhias TAM, Gol, Azul e Avianca. Nesse mesmo período, a oferta foi ampliada em 2,8%. O total de passageiros a transportados somou 47,1 milhões, um aumento de 3,3%.
Demanda por transporte aéreo cresce 3,8% no primeiro semestre |
Segundo a Abear, no primeiro semestre a demanda por viagens
internacionais aumentou 13,1% e a oferta 13,6%. O total de passageiros que
viajaram para fora do país foi de 3,5 milhões, 15,1% a mais do que no mesmo
período do ano passado.
Os dados mostram ainda que, em junho, a demanda doméstica
cresceu 1,7% sobre o mesmo mês do ano passado. A oferta cresceu 2,5% e foram
7,6 milhões de passageiros transportados, 6% a mais do que em junho do ano
anterior. Segundo a Abear, o movimento está relacionado ao período de férias
escolares. Já a demanda internacional avançou 11,6% e a oferta 12,3%.
Embarcaram em voos internacionais 560 mil passageiros, 13,6% a mais do que em
junho de 2014.
De acordo com o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, a
expectativa para o ano de 2015 é de que o setor não tenha o mesmo crescimento
registrado no ano passado, com tendências a se estabilizarem em um patamar
menor do que o de 2014. “Ainda não temos condições de afirmar em que valores,
porque as reações de cada empresa a esse cenário atual são individuais, já que
o modelo de negócio de cada uma é independente e distinto”.
Sobre o anúncio feito pela companhia aérea TAM, há três
dias, sobre a redução de suas operações no mercado doméstico, em até 10%, e a
redução de até 2% no quadro de funcionários, Sanovicz comentou que a aviação é
um setor que contrata seu futuro com muito tempo de antecedência.
“Temos características peculiares. Se queremos comprar um
avião, temos que encomendar dois anos antes. Procuramos fazer movimentos de
longo prazo para crescer ou para fazer ajustes preventivos. O movimento que uma
empresa faz, de ajuste de malha, não tem relação com a posição de mercado. Está
relacionado com a velocidade de crescimento que ela vem experimentando e com o
cenário que ela vislumbra para os próximos 12, 18, 24 meses”, explicou
Sanovicz.
Em nota, a TAM explicou que não haverá impacto nas equipes
de tripulação, dado os planos de crescimento de médio prazo. “A companhia dará
apoio aos colaboradores impactados por meio de consultorias especializadas em
recolocação profissional”. Segundo a TAM, a medida não afetará os destinos, uma
vez que não deixará de operar voos para nenhuma das localidades servidas pela
empresa. A presidência da empresa classificou a medida como um ajuste para
enfrentar o contexto econômico do país.
Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
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