O Conselho de Segurança da ONU aprovou por unanimidade uma resolução de apoio ao acordo nuclear negociado por potências mundiais com o Irã. Os 15 membros do órgão executivo da ONU votaram a favor do acordo apesar da oposição do Congresso estadunidense dominado pelos republicanos, que pretendem frear a ação internacional, qualificada pelos líderes da imensa maioria das nações como "histórica".
"O acordo elimina todas as vias para que o Irã obtenha
uma arma nuclear", declarou a embaixadora estadunidense na ONU, Samantha
Power, ao mesmo tempo que põe em andamento uma inspeção e transparência
rigorosa para verificar seu cumprimento pelas autoridades iranianas.
A resolução aprovada cria as bases para que sejam levantadas
as sanções econômicas internacionais contra a nação persa e ao mesmo tempo
acentua o confronto entre a Casa Branca e o Congresso.
O Irã comprometeu-se em Viena a permitir que observadores
internacionais inspecionem suas instalações durante os próximos 10 anos e
outras medidas para garantir que suas atividades de energia nuclear tenham fins
puramente pacíficos.
Fontes diplomáticas advertem que, se o Congresso
estadunidense se negar a levantar as sanções de seu país contra o Irã, este
país pode abrir mão de seus compromissos, o que levaria ao fracasso do acordo
com as potências mundiais.
O presidente Barack Obama já afirmou que vetará qualquer
ação do Congresso para recusar o entendimento, que apesar de eliminar muitas
restrições mantém um embargo de armas e estabelece um grupo especial para
examinar a importação de tecnologia sensível sobre uma base de caso por caso.
Os legisladores estadunidenses opunham-se a que a ONU
votasse sua resolução sem eles terem a oportunidade de debater o documento.
Esta semana, o Comitê de Relações Exteriores do Senado
realizará sua primeira audiência sobre o acordo no dia 23 de julho, quando
comparecerão nesse fórum o secretário de Estado, John Kerry, o secretário de
Energia, Ernest Moniz, e o secretário de Tesouro, Jack Lew, para defender as
posições do governo.
No domingo, Kerry recusou que o acordo atingido por
potências mundiais com o Irã aumentará a instabilidade internacional e
assegurou que seu país sempre pode atuar de maneira unilateral para responder a
qualquer violação.
Advertiu que se o Congresso não aprovar o negociado em Viena
pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos,
Rússia, França, China e Reino Unido mais a Alemanha) não haverá sanções contra
Teerã, que se sentiria livre para fazer as mesmas coisas que o acordo evita.
Além disso, o secretário de Energia, Moniz, apontou que será
virtualmente impossível para o Irã encobrir a atividade nuclear no marco do acordo.
Fonte: Prensa Latina
Via - Portal Vermelho
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