Mulher chamada de macaca e vagabunda decidiu processar Mário
Couto, que quando soube que seria processado resolveu se vingar: o marido da
denunciante, dono de um pequeno açougue, foi misteriosamente preso sob a
acusação de manter carne e frango “impróprios para consumo”. Ele ficou 8 dias
na cadeia sem dinheiro para pagar fiança.
Mulher processa senador do Mário Couto (PSDB-PA) por racismo. Foto: Agência Senado |
O senador Mário Couto (PSDB-PA) é acusado de racismo e abuso
de autoridade por uma mulher a quem teria ofendido, chamando-a de “preta”,
“safada”, “macaca”, “vagabunda”, e outros palavrões. A
assistente-administrativa Edisane Gonçalves de Oliveira, de 34 anos, contou em
depoimento na polícia que após revidar às supostas agressões verbais do senador
e diante de várias testemunhas, foi detida por ordem de Couto, que alegou ter
sido “desrespeitado como senador da República”. Levada à delegacia de Salinópolis
– um balneário banhado pelo Oceano Atlântico na região nordeste do Pará, a 265
km de Belém – a mulher prestou depoimento e foi liberada. Ainda no mesmo dia,
ela decidiu processar o senador.
O promotor de Justiça de Salinópolis, Mauro Mendes de Almeida,
procurado pelo Grupo Estado, informou que remeteu as peças do inquérito
policial para o Supremo Tribunal Federal (STF) em razão de o senador gozar de
foro privilegiado. Mas quem decidirá se abre ou não processo contra Couto é o
procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem a queixa crime será
remetida pelo STF.
Via Pragmatismo Político
Nenhum comentário:
Postar um comentário