O jornal Tribuna de Minas publicou esta semana uma série de
reportagens intitulada Holocausto brasileiro: 50 anos sem punição, escrita pela
premiada jornalista Daniela Arbex, cujo objetivo foi trazer à tona, através do
depoimento de sobreviventes e testemunhas, as atrocidades ocorridas no interior
do Hospital Colônia de Barbacena.
Este verdadeiro campo de concentração para "loucos" (conceito que incluía homossexuais, militantes políticos, alcoolistas, mendigos, etc) foi transformado, na década de 80, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB), ainda em funcionamento. O local abriga também o Museu da Loucura, inaugurado em 1996. As reportagens da Tribuna são ricamente ilustradas por fotos incríveis e chocantes retiradas na década de 60 pelo fotógrafo Luiz Alfredo, na época da revista "Cruzeiro".
Este verdadeiro campo de concentração para "loucos" (conceito que incluía homossexuais, militantes políticos, alcoolistas, mendigos, etc) foi transformado, na década de 80, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB), ainda em funcionamento. O local abriga também o Museu da Loucura, inaugurado em 1996. As reportagens da Tribuna são ricamente ilustradas por fotos incríveis e chocantes retiradas na década de 60 pelo fotógrafo Luiz Alfredo, na época da revista "Cruzeiro".
"Não se morre de loucura. Pelo menos em Barbacena. Na
cidade do Holocausto brasileiro, mais de 60 mil pessoas perderam a vida no
Hospital Colônia, sendo 1.853 corpos vendidos para 17 faculdades de medicina
até o início dos anos 1980, um comércio que incluía ainda a negociação de peças
anatômicas, como fígado e coração, além de esqueletos. As milhares de vítimas
travestidas de pacientes psiquiátricos, já que mais de 70% dos internados não
sofria de doença mental, sucumbiram de fome, frio, diarréia, pneumonia,
maus-tratos, abandono, tortura".
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