Por Dandhara Jordana
É bela. É bela a vida e tudo que a acompanha. É belo um
sorriso e bela também é a lágrima. É bela a flor e a borboleta. É bela a
amizade e o amor. Ah, o amor! Desse nem se fala... A beleza é indescritível.
Bela é a justiça, mais beleza tem o justiceiro.
E belo é o céu e a bola e a
terra e o mar e o sol... E belo e bela. Haja beleza e haja palavras para falar
de tanto. E, ah! as palavras! Quem tem mais beleza que elas? São infinitas, são
deles, suas e minhas. E podemos inventá-las, emprega-las e devemos, antes e
mais que tudo, amá-las.
Amá-las o suficiente
para sabermos o exato momento de oculta-las, de não joga-las fora, de
silenciarmo-nos.
E como não dizer que belo também é o silêncio? O silêncio do
qual Deus faz uso para responder nossas questões afobadas e importunas.
Questões que levantamos por capricho, por não nos conformarmos que somos reles
mortais e que há inúmeros mistérios a nos rondar e jamais saberemos ao menos
quais são todos.
Belos sonhos. Esses não nos podem faltar. Tão necessários
para a vida quanto a respiração, tão bela também. Bela ou belas? Cada momento
exige uma respiração diferente. E que beleza tem a diferença... Belo o pobre, o
rico, o branco, o preto, o amarelo e o vermelho. Vermelho, de modo especial,
mais belo. Mais belo, porque todos o carregam. O precioso líquido vermelho! O
essencial. O tal sangue.
Belo o velho. E que beleza há no velho... O velho que traz
consigo a carga de uma vida, a beleza de ter sido jovem e ter sofrido e
realizado tudo o que os jovens, pobres jovens!, ainda terão que passar.
Belo o verde. Verde da natureza e talvez dos teus olhos!
Bela a tristeza, a saudade, a nostalgia que só chegam e se
instalam, porque houve um passado magnífico e belo a tal ponto que vale a
melancolia.
Belo, tão belo é o prazer! Prazer de ler um bom livro,
recitar um poema ou ouvir uma boa música. Prazer de viver uma boa vida e
estarmos nós aqui parados já há algum tempo falando da beleza de coisas que
merecem, mas não deveriam ser focadas para serem percebidas.
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