Acostumado com seca, anatomia de besouro serve de base para
técnica complexa de nanotecnologia
O Besouro da Namíbia vive em uma das regiões mais áridas do
mundo – justamente o deserto do país que lhe batiza. Para sobreviver no meio
dessa hostilidade seca, ele desenvolveu um sistema de hidratação único: a água
dos nevoeiros matinais é absorvida através de sua carapaça nas costas. Se o
inseto de 1,4 centímetro consegue enfrentar a crise do abastecimento de água,
nós também temos que conseguir. Nem que seja preciso copiar a tecnologia do
besourinho.
O caminho pra essa solução (como boa parte das soluções do
futuro) passa pela nanotecnologia. A empresa NBD Nano, principal entusiasta da
ideia, afirma em seu site que seu propósito é “aprimorar a condensação da água
para levá-la até as áreas mais secas do planeta”. Eles estão desenvolvendo uma
combinação de superfícies superhidrofóbicas (extremamente difíceis de molhar) e
superhidrofílicas (películas que podem impedir um vidro de ficar embaçado) para
literalmente resgatar a água do ar.
Segundo a NBD, essa tecnologia permitirá combater a umidade
nos lares, além de produzir água potável para ações militares, plantações e
“nações do terceiro mundo”, como eles mesmo colocam no site. Uma garrafa de água
que se auto-enche é uma das invenções que estão a caminho – tudo isso deve
virar realidade até 2015.
Via Revista Galileu - via Dag Vulpi
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