O vice-presidente da Bolívia, García Linera e Evo Morales em sua chegada à Bolívia |
O presidente da Bolívia, Evo Morales, manifestou nesta
quinta-feira (4) que o povo e governo boliviano não se conformarão com uma
desculpa por parte das nações europeias que não permitiram o uso do espaço
aéreo e tomará medidas diante de organismos internacionais.
“Tenho a posição firme de que vamos fazer respeitar nossos
direitos nos organismos internacionais as leis do direito internacional, não
bastam apenas desculpas de um país que não nos permitiu passar em seu
território”, declarou o presidente boliviano durante um ato de governo em
Cochabamba.
O mandatário expressou que respeitar o direito internacional
ante o atentado contra ele “dependerá do debate jurídico, mas também um debate
de direitos humanos. Aprendemos a defender a soberania e a dignidade do povo
boliviano”.
“O que aconteceu nestes dias não é uma casualidade, não é um
erro, é uma política de seguir intimidando a Bolívia e a América Latina.
"Nossos pecados, nossos delitos é sermos indígenas, anti-imperialistas e
questionarmos todas as políticas econômicas que só levam à miséria e à
pobreza", disse o presidente boliviano.
"A Interpol está em todos os aeroportos. Os EUA e os
países europeus têm sua própria estrutura de inteligência e, se disseram que
estávamos levando [Snowden], isso foi falso", acrescentou.
Evo Morales assegurou que a agressão sofrida em solo europeu
“não é uma casualidade”, mas trata-se de um “intimidação” por todos as
conquistas de sua gestão no país. “Somos referência internacional com tudo o
que está ocorrendo e o que estamos fazendo na Bolívia”, disse.
Vários presidentes dos Estados-membros da União de Nações
Sul-americanas (Unasul) chegarão ao longo do dia à Bolívia para participar
desse encontro, convocado de urgência para respaldar Evo Morales.
Fonte: TeleSUR
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