Deu no Tijolaço
Depois da Folha, a notícia da sonegação de impostos da Globo na negociação do imposto devido no negócio da aquisição dos direitos de transmissão da Copa de 2002 chegou à TV, com a reportagem exibida no Jornal da Record desta sexta-feira, que reproduzo no final do post.
Mais um mérito do caro amigo Miguel do Rosário, com seu blog O Cafezinho – amanhã tenho ótimas notícias sobre isso – que obteve a informação e, o mais importante, teve a coragem de publicá-la.
Mérito ainda maior para a internet que, mesmo asfixiado pelo poder econômico, com a ajuda luxuosa da Helena Chagas, que acha mais republicano dar anúncios para a “Caras” que para publicações progressistas, permitiu romper o círculo de silêncio que se faz sobre os negócios obscuros da Globo.
Mas vamos aos fatos.
A primeira informação importante é: onde está o processo que consta como “em trânsito” desde 2006?
Em que “engarrafamento” está parado há seis anos?
Foi pago, como diz a Globo ou é uma das dívidas que está sendo contestada no Conselho de Contribuintes ou na Justiça, como também diz a Globo?
Uma coisa ou outra.
E, ambas, fáceis de serem verificadas, porque a empresa é concessionária de serviços públicos e, portanto
A segunda é que o Deputado Protógenes Queiroz quer abrir uma CPI da Soneglobo de Televisão.
Deputado, o senhor não sabe com o que está mexendo.
A Globo não praticou uma sonegação.
A Globo é uma fraude desde seu nascedouro.
Desde o contrato assinado em 1962 com a Time-Life, quando a legislação brasileira impedia sociedade de concessionárias de radiodifusão com empresas estrangeiras, a Globo transgride a lei.
Até hoje ninguém sabe, ninguém viu – e quem viu tem medo de falar, menos Leonel Brizola - do que carregavam seus malotes, elevados à condição de malas diplomáticas.
Nem do caso Proconsult, nem do caso NEC, nem do financiamento ao Projac.
A Globo é intocável.
Não como Elliot Ness, o agente do FBI.
Mas como Al Capone.
Capone, porém, como se sabe, viu seu império desmoronar por uma simples fraude ao Imposto de Renda americano,
Quem sabe a história esteja nos brindando com uma fina ironia, ao repetir aquela história?
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