País teve forte avanço durante 2011, mas ainda assim permanece entre as 12 nações mais desiguais do mundo
RIO - O Brasil atingiu em 2012 o menor nível de desigualdade
desde 1960, apesar da crise na Europa, De acordo com a pesquisa "De volta
ao País do Futuro" do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio
Vargas (CPS/FGV), o índice de Gini - que varia de 0 a 1, sendo menos desigual
mais próximo de zero -, caiu 2,1% de janeiro de 2011 a janeiro de 2012,
chegando a 0,5190.
A projeção da FGV é que a desigualdade continue se reduzindo
ano País, levando o índice a 0,51407 em 2014. "A má notícia é que ainda
somos muito desiguais e estamos entre os 12 países mais desiguais do mundo. Mas
a queda de 2001 para cá é espetacular e deve continuar", afirmou Marcelo
Neri, coordenador da pesquisa.
A FGV mostra que a renda familiar per capita média do brasileiro
cresceu 2,7% nos 12 meses encerrados em janeiro. É o mesmo crescimento
registrado de 2002 a 2008, período considerado uma era de ouro mundial, e
superior ao 0% de 2009, em função da crise financeira daquele ano.
A pobreza no País também caiu entre janeiro do ano passado e
janeiro deste ano: -7,9%, ritmo três vezes mais rápido do que da meta do
milênio da ONU. Isso depois de uma redução de 11,7% na pobreza de maio de 2010
a maio de 2011, quando o Brasil crescia mais.
Segundo Neri, a redução da desigualdade foi fundamental para
este resultado na pobreza. Ele cita que na última década a renda dos 50% mais
pobres do Brasil cresceu 68%, enquanto a dos 10% mais ricos cresceu apenas 10%.
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