Deu na Gazeta do Povo:
A expansão dos cursos de Medicina no país prevista no
programa Mais Médicos vai permitir a abertura de mais 400 novas vagas no
Paraná. As vagas serão oferecidas em Curitiba (190), Foz do Iguaçu (60), Pato
Branco (50), Guarapuava (50) e Umuarama (50). No interior, a Universidade
Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), de Guarapuava; a Universidade Paranaense
(Unipar), em Umuarama; e a Faculdade de Pato Branco (Fadep) pleiteavam a
criação dos cursos.
Em Foz, o curso será aberto na Universidade Federal da
Integração Latino-Americana (Unila) a partir de 2016. A proposta tem o aval do
Ministério da Educação (MEC) e prevê a criação de um curso diferenciado, cujo
foco é a Medicina Comunitária, articulado com a rede local de saúde.
A possibilidade de abrir o curso começou a ser discutida
após a visita do secretário de Ensino Superior do MEC, Paulo Speller, no final
de abril. Já em maio, a Unila recebeu um ofício do MEC no qual constam as bases
para o desenvolvimento do projeto, no qual estão previstos abertura de concurso
para contratação de servidores e aquisição de equipamentos.
Por enquanto, o projeto tramita em âmbito interno e será
submetido à aprovação do Conselho Superior Universitário. As aulas deverão ser
oferecidas em um prédio fora do câmpus, em construção, porque o projeto inicial
da universidade não previa curso de Medicina. Não está nos planos da Unila
construir um hospital. A ideia é aproveitar a estrutura já existente na saúde
pública de Foz do Iguaçu.
Universidade bilíngue que reúne 1,2 mil alunos de 11 países
latino-americanos, a Unila iniciou as atividades em agosto de 2010.
Futuros médicos farão estágio no SUS
Antes de receber o diploma, alunos de Medicina terão de
trabalhar dois anos na saúde pública. Medida será implantada em 2015
Das agências
Os estudantes de Medicina que começarem o curso em 2015
terão de trabalhar por dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) como requisito
necessário para obter o diploma. A medida, que na prática amplia o tempo de
curso de seis para oito anos, valerá para todas as escolas de Medicina públicas
e privadas do país, mas ainda vai demorar a ter resultados. Os futuros médicos
vão começar esse segundo ciclo da formação apenas em 2021, quando tiverem
passado pelos seis anos do primeiro ciclo de formação.
A norma faz parte da medida provisória editada ontem pela
presidente Dilma Rousseff que lançou o programa “Mais Médicos”, que prevê o
recrutamento de profissionais estrangeiros para trabalhar em áreas
prioritárias, a abertura de 11.447 novas vagas para graduação em Medicina e
outros 12.376 postos de especialização em áreas consideradas prioritárias até
2017.
Hoje, o curso de Medicina prevê quatro anos de formação
teórica e dois de estágio obrigatório em regime de internato, totalizando seis
anos. A partir de 2015, os alunos continuarão a fazer um curso de seis anos,
mas depois passarão um ano no serviço de atenção básica do SUS, e depois mais
um ano nos serviços de urgência e emergência, como por exemplo o Samu. O
Conselho Nacional de Educação (CNE) terá um período 180 dias para regulamentar
esse segundo ciclo do curso.
O modelo, copiado do Reino Unido e da Suécia, permitirá um
afluxo maior de profissionais ao SUS, com cerca de 20 mil médicos em 2021 e o
dobro disso em 2022. Dados do Ministério da Saúde mostram que 80% dos problemas
de saúde podem ser resolvidos pelo serviço de atenção básica.
Diferentemente da residência, em que o médico se
especializa, os dois anos no SUS serão voltados à atenção básica, e permitirão
uma formação mais generalista. Nesse período, ele vai ser remunerado. O valor
ainda não foi definido, mas ficará entre a bolsa de residência (hoje em R$
2.976,26) e a bolsa do Programa de Valorização do Profissional da Atenção
Básica (Provab), que visa levar médicos recém-formados para trabalhar nas
regiões mais carentes (hoje em R$ 8 mil).
Depois dos seis anos iniciais, o estudante poderá obter uma
inscrição provisória no Conselho Regional de Medicina (CRM), o que permitirá
que ele continue sendo fiscalizado e, eventualmente, penalizado por erros
médicos que venha a cometer.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse estar
convicto de que o aumento do curso para oito anos não vai desestimular o
ingresso de estudantes para Medicina “Em nenhum país em que a medida foi
adotada isso ocorreu. Trata-se de um treinamento remunerado.” A presidente
Dilma Rousseff citou, na cerimônia de lançamento do plano, pesquisas de opinião
que apontam a saúde como um dos problemas mais importantes do país e agradeceu
os “que foram e os que não foram” às ruas reivindicar melhorias no setor.
Prioridade
Trinta e cinco municípios do Paraná, incluindo Curitiba, se encaixam na lista prioritária anunciada pelo governo federal. Veja quais são:
• Almirante Tamandaré
• Bocaiuva do Sul
• Campina Grande do Sul
• Campo Largo
• Colombo
• Contenda
• Curitiba
• Doutor Ulysses
• Entre Rios do Oeste
• Fazenda Rio Grande
• Foz do Iguaçu
• Guaíra
• Guarapuava
• Iguaraçu
• Itaperuçu
• Lapa
• Londrina
• Mandaguari
• Mandirituba
• Marechal Cândido Rondon
• Marialva
• Nova Laranjeiras
• Paiçandu
• Pato Bragado
• Pinhais
• Piraquara
• Planalto
• Quitandinha
• Rolândia
• Santa Helena
• Santo Antônio do Sudoeste
• São Miguel do Iguaçu
• Sarandi
• Tijucas do Sul
• Tunas do Paraná
Fonte: Ministério da Saúde
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