A presidenta Dilma Rousseff convocou, para esta
segunda-feira (1º/7) à tarde, reunião ministerial, no Palácio do Planalto, para
discutir a onda de manifestações no país e medidas que podem ser adotadas para
solucionar o impasse. A decisão foi tomada depois que Dilma conversou com
vários ministros, no fim de semana, no Palácio da Alvorada e analisou os
resultados das reuniões com movimentos sociais, entidades civis organizadas e
centrais sindicais.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que esteve no
Alvorada no fim de semana, disse que a presidenta quer ouvir os ministros sobre
os episódios que ocorrem no país. Porém, ele minimizou, por exemplo, as queixas
sobre a desorganização em determinadas situações envolvendo a Copa das
Confederações. “O volume de reclamações não é expressivo”, disse, lembrando que
o sistema será aperfeiçoado.
As manifestações no país ocorrem há mais de uma semana e
continuaram de forma intensa no sábado (29) e domingo (30) em várias cidades.
Nas ruas, os manifestantes reivindicam a redução das tarifas do transporte
público, assim como melhorias nos serviços de atendimento à saúde e educação,
além do combate à corrupção.
Dilma defendeu o direito de as pessoas protestarem, mas
alertou que a violência é inaceitável. Nos primeiros dias de manifestações,
houve uma série de atos de vandalismo, inclusive em Brasília. O Palácio
Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, foi alvo de ataques,
registrando 62 vidraças quebradas e pichações.
Movimentos organizados, de segmentos específicos, como os
representantes dos gays, bissexuais, travestis, transexuais e lésbicas também
fazem reivindicações. Eles estiveram com a presidenta, no último dia 18, no
Planalto, e pediram à Dilma apoio do governo para impedir a aprovação do
projeto sobre a “cura gay”, assim como reivindicaram a implementação de medidas
que criminalizem a homofobia.
Fonte: Agência Brasil
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