O governador Beto Richa (PSDB) promete uma reforma
administrativa com cortes nos cargos comissionados. Segundo o Portal
Transparência, são 4276 cargos no Paraná ante os 4445 do governo federal,
portanto, há um empate técnico aí — embora a dimensão continental do país.
Em São Paulo, o governador tucano Geraldo Alckmin anunciou
semana passada a extinção de 2036 cargos em comissão, dentre outras medidas de
contenção de gastos. A conversa é que precisa ajustar a máquina dentro da Lei de
Responsabilidade Fiscal, etc.
O problema central nos governos (municipal, estadual e
federal) não está simplesmente localizado nas despesas maiores que as receitas
ocasionadas pelo cabidão, pela teta pública, mas no modelo gestão e nos
serviços essenciais e estratégicos (lucrativos) delegados a terceiros.
No Paraná, para exemplificar, seria mais danoso o programa
bilionário “Tudo Aqui” que manter dois ou três empregos para lambaris de
valeta.
O mafioso pedágio é mais danoso à economia paranaense que
alguns carguinhos comissionados sustentados pela política no interior do
estado. A tarifa escorchante nas rodovias faz-nos perder competitividade,
negócios e empregos.
Os tarifaços da Sanepar e da Copel para realizar lucro aos
acionistas privados são mais nefastos à sociedade que a manutenção de alguns
carguinhos para a cachorrada miúda. A péssima gestão na administração indireta,
nas empresas mistas, onde quase nada vem a público, custa muito, mas muito mais
caro que esses cortes pensados.
Em síntese, o governador tucano prepara mais uma jogada de
marketing contra os pequenos salários, manterá os maiores vencimentos, e
perpetuará os grandes negócios (pedágio, privatização de serviços, tarifaços,
etc.).
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