Seleção pública também exige que mulheres com uma "vida
sexual iniciada" apresentem exames ginecológicos intrusivos
Por Davi Lira - iG São Paulo
Luísa*, de 27 anos, nunca imaginou ter de passar por esta
situação. Ela precisou comprovar, por meio de um atestado médico, que "não
houve ruptura himenal" [ou seja, que não teve seu hímen rompido] para
preencher um dos requisitos do concurso público da Secretaria de Estado da Educação
de São Paulo (SEE-SP). Ela é candidata a uma das quase 10 mil vagas para o
cargo de Agente de Organização Escolar da seleção pública da SEE-SP.
"Achei um absurdo. Fiquei mais de uma semana decidindo
se deveria fazer isso ou não. Na hora em que fui a um consultório para me
submeter à análise ginecológica, entrei em pânico. Foi constrangedor explicar
para a médica que precisava de um atestado de virgindade para poder assumir uma
vaga em um concurso", diz.
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