Sempre se soube que o preconceito nasce da intolerância
humana. Talvez uma intolerância a si mesmo. Aquele que julga o outro inferior –
por cor, origem, credo – só pode sofrer de séria crise de identidade. Quem se
ama não tem porque odiar seu semelhante de forma gratuita e baixa.
Já está provado pela ciência – queiram os puristas ou não –
que todos nós – paulistas e nordestinos, ricos e pobres, brancos e negros,
judeus e palestinos – fazemos parte de uma só raça, maravilhosamente
diversificada: a raça humana.
No entanto, na contramão da diversidade humana, muitos
cientistas prometem, daqui a algum tempo, oferecer a possibilidade de que se
determine, ainda na barriga da mãe, as características de um ser humano,
podendo-se, assim, “montar” um filho idealizado segundo a visão de seus pais.
Isto pode trazer sérias conseqüências.
Fazer com que o ser humano já nasça perfeito seria criar
super-homens para matá-los pela própria perfeição. Ser perfeito é sinônimo de
não ter desafios a superar. Não ter desafios a superar é sinônimo de morrer em
vida.
Sendo assim, quem vai querer ter em casa grandes gênios e
beldades? Só mesmo os insensatos... Que passarão a discriminar o restante.
Ops... Passarão? Estaríamos, com isso, entrando num nazismo
disfarçado ou já viveríamos nele?
No Ousar Lutar
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