Tensão nesta terça-feira (17), em passos fronteiriços que unem Paraguai ao Brasil e Argentina, depois dos choques registrados na véspera quando a polícia foi enviada contra trabalhadores e pequenos comerciantes que protestavam por regulamentações oficiais.
Todos os noticiários televisivos e rádios e escritos seguem falando sobre à violência da repressão
no Chaco paraguaio e mostraram imagens de manifestantes ensanguentados, além de
recolher denuncias de condenação pela atitude policial.
Os trabalhadores e comerciantes recusam novas regulações ditadas,
segundo os organismos correspondentes para obstaculizar ainda mais o
contrabando, mas as quais introduzem proibições e documentações difíceis de
cumprir pelos chamados paseros.
A Comissão Nacional de Direitos Humanos denunciou mediante
uma declaração o que denominou cruel repressão da Polícia aos paseros que se
manifestaram tratando de fechar o trânsito em vias próximas à fronteira.
A declaração da Comissão acusou aos agentes porque, com
autorização da Promotoria, reprimiu-os pelo suposto delito de opor a uma
resolução que conspira contra seu árduo trabalho, fazendo referência à
manifestação desenvolvida na zona conhecida como Vista Alegre.
Para essa instância a medida adotada pela Polícia Nacional é
realmente desumana, para além de qualquer critério sobre a atitude dos paseros,
referiu o documento, pois eles demandavam somente dialogar com as autoridades
apropriadas e o resultado foi um saldo de feridos e numerosos golpeados.
O fechamento dos passos fronteiriços estendeu-se durante
toda a jornada de ontem a cinco desses pontos onde funcionam as alfandegas e
nos quais se repetiram nos últimos meses diversos incidentes.
Os paseros propõem que as autoridades apliquem todo o peso da
lei a quem realizam pequenas importações inclusive pagando os impostos
correspondentes mas nada fazem com as grandes empresas reiteradamente acusadas
de ser as responsáveis pelos montes maiores do contrabando de produtos.
Os afetados se reunirão hoje novamente para determinar a
forma em que continuarão sua luta pois ainda não se registrou comentário algum
sobre os fatos por parte dos organismos oficiais.
Fonte: Prensa Latina
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