O governo dos Estados Unidos descartou que planejam devolver
a Cuba o controle da base naval de Guantânamo, reconhecendo que a normalização
das relações com Havana tomará mais tempo que o estabelecido para abrir as
embaixadas.
Nesse sentido, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest,
afirmou que a prisão de Guantânamo deverá ser fechada, pois a base naval não é
algo que o governo estadunidense queira devolver.
O território que inclui tanto a base naval como o centro de
detenção militar no estado têm o controle dos Estados Unidos desde 1903. Em
2001 passou a ser usado para manter encarcerados supostos terroristas.
A devolução da base naval é uma reivindicação histórica de
Cuba, antes mesmo da Revolução de 1959. A ilha foi fortemente ocupada por
forças dos EUA em 1898, e para retirar as tropas de ocupação, Cuba foi obrigada
a tolerar a Base Militar em Guantânamo desde 1903, e pelo tempo que o governo
dos EUA julgou necessário, contra a vontade da nação cubana.
O presidente de Cuba, Raúl Castro, disse na cúpula da
Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe (Celac), reunião que
ocorreu a semana passada na Costa Rica, que "a restauração das relações
diplomáticas é o início de um processo para a normalização das relações
bilaterais, mas isso não é possível, desde que o bloqueio, e o território
ilegalmente ocupado pela Base Naval de Guantánamo sejam devolvidos, além da não
limitação das transmissões de rádio e de televisão, não há uma compensação
justa para o nosso povo, para os danos humanos e econômicos que tem sofrido”.
Fonte: Cuba Debate
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