Com 49 dos 81 votos, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi
eleito, na tarde deste domingo (1º), novamente presidente do Senado. Esta é a
quarta vez que Renan preside a Casa. Ele derrotou o senador Luiz Henrique
(PMDB-PR) que recebeu 31 votos. Houve um voto nulo. E Em seu breve discurso
após a proclamação do resultado, Renan se comprometeu com atuação mais efetiva
na formulação dos debates dos temas que dizem respeito ao futuro do
Brasil.
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Renan Calheiros discursa em defesa de sua candidatura, fazendo um balanço de sua gestão à frente da Casa. |
Renan citou, como exemplo, entras as propostas de atendimento
à sociedade, a reforma política. “Me empenharei pessoalmente para evitar a
sanha obscena dos extremistas que tem desprezo pela democracia”, disse,
criticando as manifestações - nas redes de computadores e nas ruas – que
defendem o obscurantismo. “Nada justifica o arbítrio. Cercear a democracia é
caminho para indigência institucional”, afirmou.
Ele declarou que vai trabalhar, junto com os demais
senadores, pela estabilidade econômica do país, anunciando que “conduzir o
Senado me honra muitíssimo e me obriga a redobrar trabalho, triplicar o ânimo e
quadruplicar a vontade de acertar para corresponder ao crédito que me foi
concedido pelos senadores.”
E anunciou, para esta segunda-feira (2), uma reunião com o
presidente eleito da Câmara dos Deputados “para afinarmos agenda comum que
acelere processo legislativo que contribua para melhorar o ambiente de negócio
para que a Câmara possa deliberar sobre as matérias aprovadas no Senado.”
Renan Calheiros anunciou como pauta importante a ser
apreciada no Senado as medidas econômicas “que permita o Brasil crescer sem
abrir mão das conquistas obtidas até aqui. Não seremos levados de volta a
exclusão e escassez”, afirmou, enfatizando que “o Brasil quer mais.”
Ele agradeceu os seus apoiadores e, dirigindo-se ao candidato
derrotado, destacou que “as disputas robustece a democracia e engradece quem
delas participa. A disputa agora é passado e todos nós ansiamos pelo futuro.
Serei presidente de todos os senadores. Como demonstrado nos últimos anos,
vamos trabalhar pela independência do Senado e coletivização das decisões. As
medidas serão tomadas de forma coletivas, sem ser monocráticas ou arbitrária,
buscando o consenso até o limite.”
O presidente eleito do Senado disse ainda que “o
entendimento nunca será em detrimento dos que podem menos pela força dos que
podem mais.”
O novo presidente do Senado marcou para terça-feira (6) a
eleição dos demais integrantes da Mesa. Ele ouviu os apelos de líderes que
pediram mais tempo para buscar acordos e definir uma chapa única para os dez
cargos: duas vice-presidências, quatro secretarias e quatro suplências. Se a
tentativa não for bem-sucedida, cada cargo deve ter uma eleição separada.
De Brasília, Márcia Xavier
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