O resultado da pesquisa CNI/Ibope divulgada em 31 de março é
devastador para a imagem, já cambaleante, de Michel Temer: 79% dos brasileiros
não confiam no mandatário ilegítimo, 73% rejeitam o modo como ele governa, e
55% avaliam seu governo como péssimo ou ruim.
A avaliação negativa, que em dezembro de 2016 já era
péssima, aumenta a olhos vistos. Os números que a estatística revela dão maior
expressão à realidade que se manifesta de forma crescente nas ruas e volta a
animar o movimento popular em luta pela democracia, pela retomada do
desenvolvimento, do emprego e da renda, e em defesa da soberania nacional.
Os brasileiros se dão conta, duramente, do caráter nocivo do
golpe de 2016 e do governo impostor que nasceu dele. E agitam, nas ruas, sua
indignação contra a ilegalidade que se espraia pelo país, compromete as
instituições e elimina direitos duramente conquistados pelos brasileiros.
O efeito da avaliação popular crescentemente negativa já
produz alguns resultados importantes. Aprofunda a divisão entre as próprias
forças que haviam apoiado o golpe de 2016. No PMDB, por exemplo, o racha é
visto no interior do partido: o senador Renan Calheiros comanda um movimento
que bate de frente com Temer e passa claramente à oposição, sinalizando
inclusive o apoio a uma eventual candidatura presidencial de Lula em 2018.
É um movimento importante que reflete entre as lideranças a
mesma rejeição do governo golpista que se assiste no seio do povo.
As assim chamadas “reformas” (previdenciária e trabalhista)
promovidas pelo governo golpista abriram os olhos mesmo de muitos trabalhadores
que, faz um ano, incautamente, apoiaram o impeachment contra Dilma Rousseff.
Cai a máscara do governo nascido do golpe, que ameaça
direitos históricos, age de forma desumana contra idosos, mulheres e
trabalhadores rurais para beneficiar o sistema financeiro, os rentistas,
aqueles que vivem dos juros escorchantes que abocanham do governo.
Com isso o governo ilegítimo provoca a reação do povo, e até
entre aqueles que haviam apoiado o golpe em 2016.
Cresce, então, o movimento que clama pela volta da
democracia, da legalidade e da legitimidade que se manifestou com força em
março, nas manifestações dos dias 8, 15 e 31, e que voltará às ruas com mais
força, organização e determinação, na greve geral convocada por todas as
centrais sindicais para o dia 28 de abril, com apoio do movimento social e dos
partidos de esquerda.
Via - Portal Vermelho
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