Quase em um ano após tomar as rendas do Brasil com a
promessa de impulsionar a economia e gerar empregos, o governo de Michel Temer
enfrenta hoje o mais alto índice histórico de desemprego, com 13,5 milhões de
desempregados.
O contingente de desocupados aumentou 11,7 por cento (mais
de 1,4 milhões de pessoas) com relação ao trimestre concluído em novembro de
2016 e 30,6 por cento (mais de 3,2 milhões de cidadãos em busca de trabalho)
com respeito a igual etapa do ano anterior, detalhou o Instituto Brasileiro de
Geografia e estatística (IBGE).
No período de referência (dezembro 2016-fevereiro 2017),
agregou, os setores da agricultura (8,8 milhões) e da construção (6,9 milhões)
registraram os menores contingentes de ocupados desde o início da série
histórica, em 2012.
Também caiu o emprego na administração pública, defesa,
segurança social, educação, saúde e serviços sociais (-4,4 por cento, ou -702
mil pessoas) e na indústria geral (-2,0 por cento ou -225 mil trabalhadores).
Enquanto, só dois ramos: aluguéis e alimentação (+3,5 pontos
percentuais) e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias,
profissionais e administrativas conseguiram crescimentos respectivos de 3,5 e
2,2 pontos percentuais.
O relatório do IBGE indica assim mesmo que a população
ocupada (89,3 milhões) caiu em um por cento em relação ao trimestre
setembro-novembro de 2016 e em dois por cento em comparação com o mesmo periodo
do ano anterior.
Com respeito ao nível de ocupação (indicador que mede o
porcentual de pessoas ocupadas entre a população em idade de trabalhar) foi
estimado em 53,4 por cento, o qual representa uma queda de 0,4 pontos
percentuais se comparado com os três meses anteriores e de 0,7 em relação ao
mesmo período de 2015-2016.
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) no
trimestre de dezembro de 2016 a fevereiro passado estimou-se em 102,9 milhões,
para um incremento de 1,4 por cento com respeito ao igual período do passado
ano, assinalou a instituição e esclareceu que o crescimento correspondeu ao
aumento da população desocupada.
Quanto ao número de empregados no setor privado com contrato
trabalhista (33,7 milhões) aponta que este sofreu um retrocesso de um por cento
comparado com os três meses precedentes e de 3,3 pontos percentuais (menos 1,1
milhão de pessoas) com relação a igual etapa de 2016.
O relatório do IBGE foram dadas a conhecer em um dia que as
centrais sindicais e movimentos populares desenvolvem em todo o país em Outro
Dia Nacional de Mobilização contra o desmantelamento do sistema de
aposentadorias, a revisão da legislação trabalhista e a generalização da
tercerização do emprego impulsionadas por Temer.
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