O presidente boliviano, Evo Morales, denunciou hoje que o
secretário geral da OEA, Luis Almagro, é uma ameaça à paz porque promove a
violência para justificar uma intervenção militar dos Estados Unidos na região.
As afirmações do mandatário ocorreram depois de um grupo de
países usurparem a presidência da Bolívia no Conselho Permanente da OEA e
levarem adiante uma sessão extraordinária para aplicar a Carta Democrática
Interamericana contra a Venezuela.
'Luis Almagro é uma ameaça à paz de nossos povos. Promove a
violência para a intervenção militar dos EUA na América Latina', escreveu o
chefe de Estado em sua conta de Twitter @evoespueblo.
O secretário geral da Organização de Estados Americanos
caracterizou-se por suas contínuas ações intervencionistas contra o país
sul-americano com o objetivo de suspendê-lo do organismo.
'Não precisamos de organismos que fomentem o ódio e a
divisão na América Latina. A OEA, como instituição submissa aos EUA, está
condenada à extinção', acrescentou Evo em um segundo tuit.
Bolívia considerou como inesperadamente institucional o que
foi registrado a 3 de abril no seio dessa organização, quando um grupo de
países ignorou a presidência boliviana e a vice-presidência haitiana para convocar
a reunião sobre a Venezuela.
O embaixador boliviano na OEA, Diego Pary, declarou que a
diretora do Conselho Permanente só pode ser substituída quando o país está
ausente ou impedido, 'e nenhuma das duas condições se cumpriu neste caso',
sentenciou.
Este é um fato grave para as relações interamericanas porque
a presidência foi usurpada, assinalou o diplomata.
Pary advertiu que as decisões tomadas na reunião da
segunda-feira sobre Venezuela são totalmente ilegais e arbitrárias e não
respondem ao direito internacional.
'A Bolívia não pode permitir que a Presidência do Conselho
Permanente seja assaltada como alguns Estados tentam fazer a mando do senhor
Almagro', expressou a representante da Câmara de Deputados, Gabriela Montaño.
Montaño denunciou que a sessão de 3 de abril é ilegal,
irregular e rompe com o próprio regulamento interno da OEA.
Por sua vez, o deputado Lino Cárdenas advertiu que a OEA
utiliza seu secretário geral como operador para desestabilizar os governos
democraticamente eleitos da América Latina.
Via - Prensa Latina
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