Após muita discussão e confusão no Plenário da Câmara,
parlamentares conseguem impedir tentativa governista de levar substitutivo de
Rogério Marinho (PSDB-RN) à votação no Plenário da Câmara.
A base governista se articulou e conseguiu as assinaturas
necessárias para que a urgência para votação do Projeto de Lei (PL) 6787/16,
que trata da reforma trabalhista, fosse votada nesta terça-feira (18) na
Câmara. No entanto, após muito debate e até confusão, o pedido de urgência foi
rejeitado e o substitutivo do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN) será analisado
primeiramente pela Comissão Especial da Reforma Trabalhista. Foram 230 votos
favoráveis à urgência contra 163 e uma abstenção. Para ser aprovada, os
governistas precisavam de, no mínimo, 257 votos favoráveis.
Com mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) alterados, o texto de Marinho poderá receber novas emendas e corre o
risco de não ser aprovado no Plenário da Câmara.
Para a líder do PCdoB na Câmara, deputada Alice Portugal
(BA), o resultado da votação foi uma importante vitória. “Já um reflexo do que
acontece nas ruas, na mobilização para a greve geral do dia 28. A reforma
trabalhista não foi debatida com a sociedade brasileira e estava na sombra da
reforma da Previdência. Mas seus danos são enormes. Considero, portanto, que
essa foi uma grande reação do Congresso em direção à defesa dos direitos do
povo”, disse.
Durante o debate, os ânimos se exaltaram ainda mais quando o
deputado Alberto Fraga (DEM-DF) chamou de “quadrilheiros” os representantes
sindicais. Presidente licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do
Sul, o deputado Assis Melo (PCdoB-RS) não deixou passar incólume a ofensa e
rebateu Fraga. A discussão tumultuou ainda mais a sessão que já estava agitada.
“Um representante sindical não pode ser tratado como um
bandido. O que estão fazendo aqui é um massacre aos direitos dos trabalhadores
e não vamos permitir”, afirmou Assis Melo.
Apesar da vitória, as manobras continuam e a base governista
pode tentar novamente uma nova empreitada para aprovar a urgência do PL
6787/16.
Via – Portal Vermelho
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