A defesa de Léo Pinheiro entregou à Lava Jato provas
documentais de pagamento de propina por obras do Rodoanel, no período em que
José Serra (PSDB) era o governador de São Paulo. Entre as provas estão
contratos fictícios e notas frias.
Segundo reportagem de O Globo, desta quinta (27), só entre
2007 e 2008, a OAS pagou R$ 17 milhões em propina a uma empresa de locação de
equipamentos, que teria servido de intermediária. Os investigadores
identificaram o pagamento de R$ 4,6 milhões do Consórcio à empresa Legend
Engenheiros, de Adir Assad, que está preso na Lava Jato. Segundo o jornal, ele
está em tratativa de acordo de colaboração com a Lava Jato.
Todo o esquema de corrupção teria ocorrido sob a gestão de
Paulo Vieira Souza, o Paulo Preto, na Dersa. A companhia foi responsável pelos
contratos das obras do Rodoanel. Paulo Preto teria organizado o cartel e a OAS
foi líder do Consórcio, diz a acusação.
Delatores da Odebrecht também revelaram que foram obrigados
a pagar propina por obras do Rodoanel, num total de R$ 1,2 milhão apenas por um
trecho do projeto. Parte dos recursos ajudou a financiar as campanhas de José
Serra, Aloysio Nunes e Gilberto Kassab, afirmaram delatores.
"Os documentos foram apresentados por Léo Pinheiro
junto com um pedido para que o juiz Sérgio Moro aceite ouvi-lo pela segunda vez
no processo que envolve o repasse de recursos por meio de Assad, já condenado
na Lava-Jato a nove anos de prisão. O processo está em sua fase final antes da
sentença a das alegações finais do Mininistério Público Federal e dos acusados.
Os advogados do empresário afirmam que ele apresentou os documentos e pode
detalhar mais sobre eles em um novo interrogatório", diz o jornal.
TRIPLEX
No caso triplex, em que Lula é acusado de ser o proprietário
oculto de um apartamento no Guarujá construído e reformado pela OAS, Léo
Pinheiro entregou como provas o registro de telefones a João Vaccari Neto e
Paulo Okamotto, do Instituto Lula, além da agenda, indicando encontros com o
ex-presidente.
Pessoas com acesso à investigação ressalvaram ao Globo que
as provas de Pinheiro não confirma o teor das acusações, apenas que ele teve
encontros com Lula ou pessoas próximas ao petista.
Via-Jornal GGN
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