Um grupo internacional de arqueólogos descobriu em Campeche, no leste do México, uma antiga cidade Maia que dominou uma vasta região há 1.400 anos, informou nesta terça-feira 18 o mexicano Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH). A cidade "permaneceu oculta na selva" durante séculos, até ser descoberta há duas semanas por uma equipe de arqueólogos que a batizou de Chactún, o que significa 'Pedra Vermelha' ou 'Pedra Grande' em Maia.
Parte do sítio arqueológico de Chichen Itza no estado de
Yucatán,
México, em dezembro de 2012
(Foto: Pedro Pardo / AFP)
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A cidade Maia, situada entre as regiões de Rio Bec e Chenes,
tem mais de 22 hectares e viveu seu esplendor entre os anos 600 e 900.
"É definitivamente um dos maiores sítios das Terras
Baixas Centrais" da civilização Maia, disse Ivan Sprajc, arqueólogo do
Centro de Pesquisas Científicas da Academia Eslovena de Ciências e Artes, que
liderou a expedição. A descoberta foi possível graças à análise de fotos aéreas
de vestígios arquitetônicos, explicou Sprajc.
"São as estelas e altares que melhor refletem o
esplendor da cidade contemporânea de urbes Maias como Calakmul, Becán e El
Palmar, destacou o INAH. Inscrições em uma das estelas contam que o governante
K'inich B'ahlam "cravou a Pedra Vermelha (ou Pedra Grande) no ano de
751", o que levou os cientistas a chamar a cidade de Chactún.
O sítio conta com numerosas estruturas de tipo piramidal, de
até 23 metros de altura, assim como dois campos de jogo de pelota, pátios,
praças, monumentos e residências.
Segundo o arqueólogo, o achado pode esclarecer a relação
entre as regiões de Rio Bec e Chenes, assim como seu vínculo com a dinastia
Kaan estabelecida em Calakmul.
A expedição foi financiada pela National Geographic Society
e pelas empresas austríaca Villas e eslovena Ars longa.
Fonte: Carta Capital
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