Desde meus áureos tempos de 1.o e 2.o graus colegiais nas minhas cidades de Marilena/Nova Londrina PR, entre meados dos anos 60 e 70, ouço falar no gigante adormecido que é este Brasil. Ainda criança, diziam os mais experientes que, até o mundo se acabar (às 00:00 horas do dia 01/01/2000), este País seria a grande potência mundial.
Verdade que, após o plano real, muita coisa mudou. Afinal, temos uma moeda estável, uma economia dinâmica e, o mais importante, melhorou-se o padrão de vida principalmente das classes C e D. Não obstante, parece-me que o gigante ainda continua adormecido!
Agora, diante da onda de manifestações que tomou conta do País neste mês de Junho, aproxima-se, a meu ver, uma "luz no fim do túnel". Ou seria somente um espamo ou um debater-se do gigante adormecido? Senão, quem sabe, o trem vindo em sentido contrário?
Pelo menos, confesso que na minha existência, a par do vandalismo implantado por alguns bandidos, jamais vi em tamanha magnitude um sentimento de civilidade a assolar o povo através da exigência de seus direitos legais. Também entendo que todo cidadão tem direito à aplicação correta de seus impostos através da saúde, da educação e da segurança de boa qualidade.
Agora, parece-me que os políticos começaram a descobrir que o povo está insatisfeito, que embaixo do tapete, de tão cheio, já não cabe mais sujeira, que a conta deve ser paga, sim, mas o serviço deve ser entregue! Então, rejeitaram a PEC 37 (um abuso à nossa inteligência, caso aprovada), normatizaram corrupção como crime hediondo (até que enfim!), estipularam que os recursos dos royalties do petróleo serão destinados 25% para a saúde (acho que devia ser 50%) e 75% para a educação. Esperemos que não parem por aí!
Somente questiono: e a segurança? Muito pouco -- diria quase nada -- foi abordado sobre esse assunto. Além do plano de tratamento dos doentes químicos -- metodologia de "tapar o sol com a peneira" -- onde estão as medidas para o
efetivo combate ao tráfico de drogas? Em um gráfico de Pareto, caso seja feito esse estudo, mesmo numa análise bem simples, ficará amplamente evidenciado o enorme peso das drogas no quesito violência.
Voltando ao tema educação, insisto que devemos começar pela nossa própria casa, através da orientação aos nossos filhos sobre a conduta na vida, no trânsito, no trabalho, de forma a erradicarmos para sempre as questões do "levar vantagem em tudo" e do "jeitinho brasileiro".
Talvez assim consigamos despertar esse gigante, de vez!
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