Por Luana Costa
Li um dia nos teus olhos uma vontade barrada pelo medo.
Em cada página o segredo de um amor desigual.
Vi em imagens quase apagadas, momentos que o seu coração
parou senti o teu suspiro ofegante, sua boca seca em cada página que passei.
Havia algo ali que não pude ler, trancado a varias chaves toda
vez que me desviava o olhar, as palavras corriam como rio, li nas pupilas uma
dor angustiante, triste e sem vida.
Como um peixe
acostumado ao extenso mar trancado em um aquário que surpresa trazia os teus
olhos, quanta saudade, quanta dor me senti cansada pelo peso que você carregava
com tudo o que você não dizia.
Li tanto amor, li tanta pureza, tanta sinceridade ocultas de
medo e vergonha, tantos sentimentos atrás de uma visão cega.
Se somassem as palavras guardadas dentro de você haveria
livros para uma vida inteira, haveria historias para cada sonho, haveria amor
para toda solidão e quem te espera não esperaria tanto.
No Marcas do Tempo
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