Nunca mais a história da Bolívia será contada sem a voz dos
povos indígenas, afirmou o presidente Evo Morales ao recusar versões opositoras
sobre o Museu da Revolução Democrática e Cultural inaugurado em Orinoca,
departamento de Oruro.
A afirmação em sua conta do Twitter @evoespueblo e destacada
pela imprensa nacional precisa que o recém-inaugurado Museu da Revolução é
patrimônio da bolivianidade e a humanidade, ideia que ampliou ao inaugurar
neste sábado obras sociais na comunidade do El Choro.
No marco do 236 aniversário do grito libertário ocidental do
departamento de Oruro, sublinhou que esse espaço guarda as lutas indígenas
contra a opressão, a desigualdade, a exclusão social e a violação dos direitos
dos povos originários.
A direita racista guarda rancor contra as populações
originarias em Bolívia e em todo o continente, recordou Morales, aplicaram
historicamente políticas de extermínio e nossa resistência milenária lhes
maltrata ainda que seja refletida em um museu em Orinoca.
O continente, que antes se chamava Abya Yala e agora é
América, foi invadida para nos roubar e nos saquear e chegou a hora de
descolonizarmos e reflexionar até em modificar as letras de hinos que alabam
aos conquistadores, afirmou depois do aplauso popular.
As nações originarias do Abya Yala temos direito a guardar
nosso legado inaliável, ensombrecido pela longa noite dos 500 anos, enfatizou
Morales.
Nesse museu aberto ao público na passada quinta-feira, bem
perto de onde nasceu o primeiro presidente indígena da Bolívia, se expõem dados
históricos do período pré-colonial e colonial, e das lutas dos movimentos
indígenas durante a Colônia e a República.
Igualmente destacam os lucros do processo de mudança que
vive o país desde o triunfo de Morales em 2006, o qual motivou uma campanha
midiática da oposição impugnando o custo da infraestrutura construída para esse
fim em um apartado lugar de longa história de rebeldia.
Como em tempos da inquisição, a direita fascista guarda
rancor racista, sempre procuraram queimar nossa memória, apagar da história,
deplorou o presidente.
Por sua vez, o ministro de Defesa, Reymi Ferreira, recordou
que muitos dos dirigentes da direita que se pronunciam contra esta faça foram
'llunkus' (aduladores) de ex ditadores, como Hugo Banzer, e servidores de
interesses estrangeiros. Eles, agregou Ferreira, têm feito uma avenida e um
museu ao ex ditador Hugo Banzer, e em grande parte as opiniões contrárias ao
Museu de Orinoca são fruto da ignorância ou da má fé típica de quem não
entendem o valor da luta dos movimentos sociais
Recusou que fosse uma expressão de ego e destacou que ali se
exibem centos de peças das diversas culturas do país e os obséquios que recebeu
Morales em todas suas viagens desde que chegou à presidência boliviana o 2006.
Fonte: Prensa Latina
Nenhum comentário:
Postar um comentário