O Morodämmerung (o crepúsculo do deus da Lava Jato, opereta
trágica em três atos) já começou, mas não pelas mãos do advogado de Lula. E
nela, gostamos ou não, Zanin é apenas um figurante subalterno.
O destino do herói da Lava Jato foi definido no exato
momento em que Gilmar Mendes desautorizou as prisões lavo-jatianas. Satisfeita
com o dinheiro de propaganda que recebe da União, a imprensa começou a exigir o
fim da operação para salvar a corja que assaltou o poder.
Se resistir ao inevitável Sérgio Moro será esmagado. Se não
resistir ao desmantelamento de seu poder judicial-midiático o ego dele o
esmagará por ter sido descartado antes de conseguir um posti de imperador
absoluto e intocável num Tribunal em Brasília.
Em 13 abril de 2016, logo após Temer assaltar o poder,
imaginei os desdobramentos possíveis do golpe:
"...novo regime será obrigado a cumprir sua promessa de
garantir impunidade para os 300 ladrões que endossaram o golpe de estado.
Todavia, isto não pode ser feito dentro dos limites traçados pela constituição
federal sem que o Executivo exerça uma pressão ilegal e insuportável sobre as
instituições. As primeiras vítimas do golpe serão, portanto, o Ministério
Público e o Poder Judiciário.
A reação dos órgãos estatais às novas diretrizes impostas
por Temer para garantir o bem estar e a tranquilidade da sua quadrilha
provocará a primeira crise do novo governo. A flexibilização da constituição -
instrumento que garantiu o impedimento sem fundamentação jurídica - será
seguida pela flexibilização do Direito Administrativo. Juízes, procuradores e
promotores que colocarem em risco a nova República de velhos ladrões serão
pressionados, afastados e perderão seus cargos.
Os expurgos promovidos por Michel Temer irão necessariamente
continuar enquanto autoridades do Judiciário e do MP demonstrarem independência
e disposição de resistir à nova tirania. Em algum momento parte da imprensa
terá que escolher entre ser esmagada pela opinião pública ao servir ao tirano
ou ser esmagada ao lado de suas vítimas.
Outra consequencia necessária do golpe de estado será a
flexibilização do Direito Penal. Além de criar exceções para salvar seus 300
ladrões parlamentares, Michel Temer será obrigado a restringir o espaço
político mediante uma brutal repressão policial. O rigor da Lei Penal será
então utilizado apenas com uma finalidade: calar os adversários do novo regime.
Aqueles que se recusarem a instrumentalizar a “Penalização” discriminatória com
finalidade política também serão degolados com base no Direito Administrativo
flexibilizado. Delegados e policiais corretos logo começarão a sofrer os
efeitos dolorosos golpe de estado."
Tudo o que esta ocorrendo era previsível. Sérgio Moro
acionou a moenda de gente ao grampear Dilma e vazar a conversa dela com Lula,
mas não conseguirá sair ileso da máquina que esmaga pessoas para produzir
riqueza privada para os donos do poder. Pequena perda direi quando o pedestal
dele for derrubado e ele mesmo for triturado após ter servido à quadrilha que
assaltou a presidência e a república.
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