Aécio Neves contou uma mentira em sua propaganda eleitoral:
disse que apoia a política de valorização do salário mínimo. No entanto,
registros oficiais e vídeo comprovam que o presidenciável tucano votou contra a
medida
Aécio Neves contou uma mentira em seu programa eleitoral exibido na tarde do último sábado (11). O presidenciável tucano disse que apoiou a atual política que garante um aumento real do salário mínimo e disse que a medida foi criada pelo Congresso Nacional.
Na verdade, a regra do aumento real do salário mínimo foi criada no governo Lula, em 2006, em um pacto firmado com todas as centrais sindicais. Em seu primeiro ano de mandato, em 2011, Dilma Rousseff enviou ao Congresso Nacional uma proposta para manter a política de valorização salarial até 2014. Aécio Neves e todo o seu partido, o PSDB, votaram “sim” contra a medida. Perderam, mas votaram contra. Além disso, Aécio e o PSDB entraram no STF alegando que a regra era inconstitucional. Perderam também no STF.
A política de valorização do salário mínimo (PLC 1/2001) garante aumentos reais, ano a ano, baseado na correção da inflação somado ao aumento do PIB (Produto Interno Bruto).
O site do Senado Federal comprova a mentira de Aécio Neves:
Para comprovar basta clicar aqui. Em seguida, clique em “tramitação”. Abra a ata do dia 23/02/2011(ATA-PLEN – SUBSECRETARIA DE ATA – PLENÁRIO). Procure o texto:
Aprovado o projeto, ressalvadas as emendas e os destaques, com os votos contrários dos Senadores Flexa Ribeiro, Paulo Bauer, Mário Couto, Ana Amélia, Marinor Brito, Aécio Neves, Marisa Serrano, Cícero Lucena, da Liderança do PSDB e dos Senadores Randolfe Rodrigues, Jarbas Vasconcelos, Demóstenes Torres, e Lúcia Vânia.
Como está comprovado nos registros oficiais do Senado Federal, o projeto foi aprovado pela maioria, mas Aécio Neves e alguns dos seus correligionários votaram contra. Isto é, o atual presidenciável se posicionou contra o projeto que garantiu mais de 72% de aumento real para o salário mínimo nos últimos doze anos, beneficiando 48,2 milhões de pessoas e incrementando a economia em mais de R$ 28 bilhões.
Além disso, Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo FHC e anunciado por Aécio como seu Ministro da Fazenda, caso for eleito, já disse ser contra a atual regra de aumento real do salário mínimo.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, lembrou que não foi a primeira vez que Aécio agiu em desfavor dos trabalhadores. “Quando o presidente Fernando Henrique Cardoso propôs mudanças no artigo 618 da CLT, que retirava, claramente, o direito dos trabalhadores, o presidente da Câmara dos Deputados era Aécio Neves”, disse.
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