A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff concedeu uma longa entrevista à revista Carta Capital que chega esta semana às bancas; na publicação, Dilma aborda temas que vão desde as denúncias de corrupção contra o seu governo até os mecanismos criados pelos governos Lula e Dilma para punir corruptores e corruptos, passando pelas relações internacionais e pelo ensino profissionalizante; ela também falou sobre o que considera uma campanha para desmoralizar a Petrobras orquestrada pela oposição e sobre o combate à inflação; "Os tucanos ficarão tentados a conceder parte dos blocos do pré-sal a empresas internacionais, em detrimento da Petrobras", pontuou.
247 - A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff concedeu uma longa entrevista à
revista Carta Capital que chega esta semana às bancas. Na publicação, Dilma aborda temas que vão desde as denúncias de corrupção contra o seu governo até os mecanismos criados pelos governos Lula e Dilma para punir corruptores e corruptos, passando pelas relações internacionais e pelo ensino profissionalizante. Ela também falou sobre o que ela considera uma campanha para desmoralizar a Petrobras orquestrada pela oposição e sobre o combate à inflação.
Segundo a presidente, o combate à corrupção foi intensificado no seu governo, ao contrário do que acontecia quando o PSDB governava o País com Fernando Henrique Cardoso ocupando a Presidência da República. Dilma relembrou que a figura do Procurador Geral da República acabou conhecida como Engavetador Geral da República, um "apelido dado por nós (PT)".
Dilma disse, ainda que o foro privilegiado foi uma criação de FHC. Na entrevista, ela também questiona o fato do PSDB taxar o PT e muitos de seus membros como corruptos quando envolvidos em escândalos que envolvem o PSDB, como o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o ex-parlamentar Demóstenes Torres, não são sequer citados.
Dilma também criticou a pressa tucana em "nomear" ministros. "Por que o senhor Armínio fraga foi "empossado" antecipadamente? O PSDB diz: com a mesma receita e o mesmo cozinheiro farei o mesmo prato", disse a presidente. Sobre a afirmação de Armínio de que a crise teria acabado, a presidente foi irônica.
"Ele diz que a crise acabou. Talvez por considerar que uma crise acaba quando os problemas dos bancos americanos cessam". "Com eles, numa crise menos grave que a atual, os juros chegaram a 45% e o desemprego a 15%, e o Governo foi de pires na mão ao FMI", disse ao longo da entrevista.
A situação da Petrobras também foi abordada e, segundo a presidente, atrelar o preço do petróleo ao mercado internacional só beneficiaria os acionistas nacionais e estrangeiros em detrimento da maioria da população. Dilma também atacou o que considera uma disputa para desmoralizar a estatal permitindo a exploração das camadas do pré-sal por empresas internacionais.
Um dos pontos centrais da campanha tucana para desacreditar o governo Dilma reside no combate à inflação. Neste ponto, Dilma foi enfática ao afirmar que a proposta tucana de levar a inflação para o patamar de 3%, como prega o adversário Aécio Neves (PSDB), implicará em uma taxa de juros de 25% e elevará o índice de desemprego para um patamar em torno de 15%.
Ela também questionou o fato de Aécio, ao longo de seu governo, ter assinado um terno de responsabilidade com o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) por não ter investido R$ 7,6 bilhões na Saúde e R$ 8 bilhões na Educação. "Como acreditar que Aécio terá compromisso como presidente, com educação e saúde, se não teve quando governou Minas?", pontuou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário