“Cuba está disposta a trabalhar lado a lado, com todos os países, incluindo os Estados Unidos”, declarou Raúl Castro perante os representantes da Alba. |
Raúl Castro, presidente de Cuba, afirmou nesta segunda-feira
(20) que o ebola “constitui um imenso problema para a humanidade, que deve ser
enfrentado com a mais absoluta urgência”. Ele inaugurou a reunião
extraordinária com representantes da Aliança Bolivariana para os Povos da
América (Alba), que acontece na capital Havana, para discutir a proliferação da
doença e as formas de prevenção.
Segundo o chefe de Estado da ilha caribenha, “se requer
ações da comunidade internacional em seu conjunto” para evitar a epidemia do
ebola. Ao chamar atenção de todos sobre a responsabilidade em relação ao tema,
Raúl Castro ressaltou que “pelas veias da Nossa América corre sangue africano,
carregado por aqueles que lutaram pela independência e contribuíram para criar
a riqueza de muitos de nossos países”.
Em sua fala, ele mostrou preocupação com os inúmeros alertas
sobre a insuficiência de recursos e falou sobre a necessidade de atuar “com
urgência” para evitar uma crise humanitária de consequências imprevisíveis.
“Esta ameaça deve ser freada com uma resposta internacional
imediata, eficaz e com recursos, de forma coordenada e com a liderança da
Organização Mundial de Saúde (OMS)”, disse Castro.
O mandatário propôs que através da Comunidade de Estados
Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) se realize uma cooperação para
contribuir à preparação de profissionais para serem enviados ao Haiti,
prioritariamente.
O presidente ratificou ainda a disposição de Cuba para
trabalhar em conjunto com todos, inclusive com os Estados Unidos – país que
impõe um bloqueio econômico, comercial e financeiro contra a ilha caribenha
desde 1962, mas que já confirmou dois casos da doença em seu território.
“Cuba está disposta a trabalhar lado a lado, com todos os
países, incluindo os Estados Unidos”, declarou Raúl Castro perante os
representantes da Alba.
De acordo com ele, “as modestas experiências do sistema de
saúde cubano indicam que (para combater o vírus) é necessário uma vontade
integradora, organização, planejamentos e articulação do trabalho não só
assistencial, mas preventivo com grande disciplina em cumprimento dos
protocolos médicos”.
O presidente finalizou sua intervenção lembrando ainda que
25 países da América Latina e Caribe contam com a presença de 45.952
colaboradores cubanos e, destes 23.158 são médicos. Além disso, segundo Castro,
23.944 médicos latino-americanos se formaram em universidades cubanas nos
últimos 15 anos.
Théa Rodrigues, da redação do Portal Vermelho,
Com informações do Cuba Debate e da Prensa Latina
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