Por Altamiro Borges
Diga-me com que andas e te direi quem és! Para quem tem
dúvida sobre o que pode representar um eventual governo de Aécio Neves é só ver
quem já anunciou apoio à sua cambaleante candidatura. O Clube Militar, que
reúne os “milicos de pijama” saudosos das torturas e assassinatos do período da
ditadura, soltou manifesto apoiando o presidenciável do PSDB para “enfrentar a
sovietização do país”. Já o milionário “pastor” Silas Malafaia, famoso por suas
posições de estímulo ao ódio e ao preconceito, postou no Twitter que é Aécio
Neves “desde criancinha”. E o deputado carioca Jair Bolsonaro, conhecido por
defender as torturas praticadas pelo regime militar, também aderiu à campanha
tucana.
Além de representar os “modernos” neoliberais do PSDB, que
afundaram o Brasil no reinado de FHC, e a velha oligarquia do DEM, Aécio Neves
passa a expressar também as obsessões doentias dos fascistóides nativos. Sua
eventual vitória no segundo turno não representaria apenas uma guinada
conservadora no Brasil – com ataques à democracia, à soberania nacional e aos
direitos sociais. Pior ainda. Ela expressaria uma ofensiva fascistóide no país.
O neonazismo, que ganha terreno na Europa e nos EUA, passaria a ter mais força
também no país.
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