Apesar de Paranavaí sediar quatro instituições de ensino
superior - Fafipa/Unespar, Unipar, Fatecie e UTFPR - e outras funcionarem em
municípios da região como Loanda, Paraíso do Norte e Nova Esperança, o índice
de pessoas graduadas em cursos superiores na região ainda pode ser considerado
muito aquém do que poderia indicar o aceitável.
No País também o índice é considerado muito baixo para quem
pretende se igualar a outros chamados desenvolvidos, com apenas 11,3%,
superior, porém, ao índice médio dos 28 municípios da Microrregião da Amunpar,
que chega a apenas 5,67%. Em Paranavaí é um pouco mais: 9,13%, de acordo com os
últimos dados disponíveis na página do IBGE. Maringá, principal metrópole do
Noroeste do Estado, tem 15,52%, Londrina 14,65% e Curitiba 20,05%.
Os números de Paranavaí mais ou menos se equivalem aos de
outras cidades do mesmo porte. Tem 7.450 graduados (mais 35 mestrados e 11
doutorados), enquanto Umuarama tem 9.227; Toledo 10.845; Cianorte 5.408;
Maringá 49.013.
Considerando-se os 28 municípios da Microrregião da Amunpar
são 15.504 graduados na região, que representam 5,67% da população, mais 96
mestrados ou 0,03% e 20 doutorados ou 0,007%.
Em Paranavaí, segundo o IBGE, existem 17.609 pessoas com
curso médio completo; 15.864 frequentaram escola; 55.024 não frequentaram
escola; 12.645 têm o ensino fundamental completo e 32.856 não completaram o
ensino fundamental, sendo os demais não informados.
Cerca de 3.140 estudantes frequentam os cursos superiores
nas quatro instituições que funcionam em Paranavaí: 1.650 na Unipar; 1.056 na
Fafipa/Unespar; 354 na Fatecie e 80 no IFET. Na Facinor de Loanda são 550 e na
Farplan de Paraíso do Norte são cerca de 300 alunos. Esses estudantes são
oriundos de 70 municípios diferentes. A maioria vem a Paranavaí ou à cidade
sede da Faculdade só para estudar e, ao final do curso, continuam fixados em
suas cidades ou migram para outras.
QUALIFICAÇÃO - Um dos grandes problemas do mercado de
trabalho hoje em dia é a falta de qualificação dos trabalhadores. A Agência do
Trabalhador de Paranavaí tem anunciado com frequência a oferta de vagas, mas
elas demoram a ser preenchidas, gerando um paradoxo: sobram vagas e sobram
trabalhadores.
O problema é a não qualificação exigida para essas vagas,
mesmo que no ensino médio ou pós-médio. A região tem 5,67% de trabalhadores
graduados, mas 94,63% não têm curso superior.
Em Paranavaí 9,13% têm curso superior, mas 90,87% não têm.
Considerando-se que é positivo ter 9,13% de graduados, pode-se dizer que é
altamente negativo ter 90,87% sem graduação.
Estudiosos como a socióloga Ana Lúcia Rodrigues afirmam que
é preciso mais investimentos para a oferta de uma educação básica em período
integral e que o ingresso no ensino superior seja mais democrático. “A educação
é o segredo da qualidade de vida”, diz.
Outro aspecto a ser considerado é o investimento em cursos
tecnológicos, ainda muito tímidos, para a qualificação de mão de obra.
BRASIL - Mais de 49% da população adulta (25 anos ou mais)
não têm completo o curso fundamental, segundo o últimos dados do IBGE. No outro
extremo estão apenas 11,3% que têm curso superior completo.
Há um abismo no nível de instrução de adultos do Nordeste e
do Sudeste, e, mesmo na Região com os melhores resultados, os índices são
preocupantes. Entre as pessoas com 25 anos ou mais do Sudeste, 13,7% têm curso
superior completo. No Nordeste, são apenas 7,1%. Já os que sequer completaram o
ensino fundamental são 59% no Nordeste e 43,7% n Sudeste.
O nível de instrução cresce na população mais jovem. No
País, 49,3% dos adultos de 25 anos ou mais não têm fundamental completo e
apenas 11,3% concluíram o curso superior. Na faixa de 25 a 29 anos, a proporção
dos que não têm ensino fundamental completo cai para 28,2% e o superior
completo sobe para 13%.
Entre os alunos que estão na universidade, 10,3% já têm o
curso superior completo e fazem outra faculdade. Trinta por cento dos
estudantes de nível superior com 40 anos ou mais já têm outro curso completo e
fazem uma nova faculdade.
Fonte: SAUL BOGONI - bogoni@diariodonoroeste.com.br
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