Docentes querem reunião com o governo do estado para
apresentar reivindicações
Os professores da rede estadual de ensino se reúnem em
frente ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, em Curitiba, nesta quarta-feira
(26), para a realização de um protesto no dia de paralisação da categoria em
todo Paraná. Eles pretendem ter uma reunião com o governo do Estado para
apresentar as reivindicações.
A paralisação ocorre no dia em que ocorreriam as eleições
para diretores das escolas estaduais. As eleições, entretanto, foram suspensas
pelo governo por um ano, fato que foi contestado pelo Sindicato dos
Trabalhadores da Educação Pública do Paraná (APP Sindicato), que considera
antidemocrática a atitude do governo.
Segundo o secretário de imprensa da APP Sindicato Luiz
Fernando Rodrigues, a estimativa da entidade é de que 60% dos professores
participem da paralisação. "Esperamos pelo menos mil professores em
Curitiba de todo o estado".
Entre as reivindicações dos professores estão o pagamento de
progressões atrasadas, que, segundo Rodrigues, somam R$ 70 milhões, melhorias
no atendimento à saúde, realização de novos concursos, além da regulamentação
dos professores de PSS (temporários).
Os professores ainda pretendem discutir com o governo a
suspensão das eleições para diretores, aprovada na Assembleia Legislativa do
Paraná (Alep), em um episódio que gerou confusão e alguns docentes ficaram
feridos ao serem retirados do plenário.
Seed
A Secretaria de Educação do Paraná (Seed) ainda não tinha,
por volta das 9h, números de escolas afetadas e professores que aderiram à
paralisação. O balanço deve ser divulgado até o meio-dia.
Colégios
Em pelo menos seis colégios de diferentes bairros de
Curitiba, levantamento da reportagem mostrou que as aulas continuam
praticamente sem adesões à paralisação nesta quarta-feira. No Colégio Estadual
do Paraná (CEP), o maior do estado, segundo a diretoria o funcionamento é praticamente
normal, mas muitos professores estão sem dar aulas, a maioria por ser final de
ano e já ter passado todo o conteúdo do bimestre.
Por Rodrigo Batista
Gazeta do Povo
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