Esteve na Avenida Paulista, em São Paulo, com sua barba copiada de Edir Macedo e aquela vontade gigantesca de aparecer. Conseguiu se juntar a uma multidão de manés pedindo “intervenção” militar, fuzilamento (cortesia do filho de Jair Bolsonaro), entre outras maravilhas democráticas. O próprio Lobão exigiu a extinção do PT.
Agora, por que alguém ainda se interessa por Lobão? Alguém tem ouvido, por exemplo, o que Doutor Silvana tem a dizer sobre as eleições? Paula Toller? O pessoal do Metrô? Ritchie?
Lobão não fala coisa com coisa faz muito tempo. Em sua última encarnação, a de tio reacionário, queixa-se de falta de liberdade de expressão enquanto ofende meio mundo. Faz uma manifestação livre pedindo ditadura (!). Espalha que Chico Buarque retirou apoio ao PT porque “deu no Google”. Afirma que foi ameaçado de morte. É uma mitomania sem fim.
A política tornou-se a última saída para que seja notado, já que não enche shows gratuitos. Artisticamente, é um cadáver. Como é que alguém pode produzir se o que faz na vida é postar ódio em caixa alta em redes sociais?
Não toca no rádio, não excursiona, não lança discos. O que lhe resta? Denunciar o Mal Supremo e ganhar os ouvidos de quem, como ele, é contra tudo isso que está aí, desde que não atrapalhe seu domingão.
O melhor a fazer com Lobão? Ignorá-lo. É didático vê-lo se desmanchar em público, mas cansa. É só mais um personagem de freak show. Ele é “A Fazenda” em si mesmo, um Dado Dolabella da vida real. Um cantor que teve algum sucesso há 30 anos, sumiu, esgotou sua criatividade e achou que, sendo histérico, mentiroso, paranóico e golpista ia ganhar alguma atenção.
Deu. Faça um favor a você mesmo e deixe Lobão com quem merece Lobão.
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