Hugo Chávez além de ser um amante dos livros, incentivava incansavelmente a leitura do povo venezuelano |
Hugo Chávez era um leitor voraz. Lia tudo que lhe passava
pelos olhos. Clássicos da literatura universal, poesia, análises políticas,
artigos de opinião, tudo parecia ser devorado por sua fome de conhecimento.
Amante dos livros e da leitura, durante sua gestão
presidencial atingiu uma meta que parecia impossível na Venezuela, a Unesco
declarou o país “Livre do Analfabetismo”.
As reformas de seu primeiro período de governo vieram
acompanhadas de resenhas bibliográficas, isso porque uma de suas prioridades
foi empoderar o povo com o conhecimento. O caminho do guerreiro rapidamente se
converteu em um dos livros mais lidos da Venezuela porque Chávez fez reiteradas
referencias ao clássico chinês.
Em 378 programas “Alô presidente”, que apresentava
semanalmente na TV pública, Hugo Chávez recomendou a leitura de mais de 50
livros.
Segue uma seleção feita pelo diário Correo del Orinoco com
indicações de leitura de Hugo Chávez:
O império americano: hegemonia ou sobrevivência de Noam
Chomsky – o livro de Chomsky foi recomendado por Hugo Chávez em 2006 durante
uma cúpula da ONU. O livro que até então era “desconhecido” na busca de vendas
da loja Amazon passou para a lista dos dez mais lidos logo depois de ter sido
anunciado pelo então presidente.
Dom Quixote de La Mancha de Miguel Cervantes – o clássico da
literatura universal foi indicado por Chávez em abril de 2005, na ocasião o
líder da revolução bolivariana comemorava o 400º aniversário da publicação da
bora. Seu governo distribuiu gratuitamente um milhão de exemplares em todas as
praças Bolívar, pra que o povo venezuelano conhecessem a história do idealista
que lutava contra os moinhos de vento.
As veias abertas da América Latina de Eduardo Galeano – em
19 de abril de 2009 os meios de comunicação anunciaram que o então presidente
da Venezuela, Hugo Chávez, havia entregado pessoalmente ao presidente dos
Estados Unidos, Barack Obama, um exemplar do clássico uruguaio As veias abertas
da América Latina. a obra relata os saqueios e opressões a foram submetidos os
povos latino-americanos durante a invasão espanhola e portuguesa.
Assim falava Zaratustra de Friedrich Nietzsche – apesar de
ser considerado um livro “que propõe o individualismo e o elitismo extremo”,
segundo Luis Britto Garcia, Hugo Chávez considerava um livro “cheio de
expressões brilhantes”.
Os miseráveis de Victor Hugo – uma novela cheia de suspenses
e sobressaltos, mas de um maravilhoso vigor e de uma grande solidariedade com o
destino dos pobres. Este livro foi distribuído gratuitamente em praças públicas
durante eventos governamentais de Hugo Chávez.
Bolívar, acción y utopia del hombre de las dificultades do
escritor venezuelano Miguel Acosta Saignes – Este livro, sem tradução no
Brasil, foi indicado por Hugo Chávez durante um programa “Alo presidente” de
2012. “Ah! Este era um livraço, compadre! Vou reler, vou buscar tempo, leiamos,
leiamos!”, disse. O autor recebeu o prêmio Casa das Américas em 1977, trata-se
de um texto para entender o pensamento de Simón Bolívar em seu contexto
histórico, considerando a luta de classes no marco da economia colonial.
Bolívar aparece no livro em sua capacidade de estratégia, de escritor, de
condutor de massas e de guerreiro.
Abril Golpe Adentro de Ernesto Villegas – também sem
tradução no Brasil, o artigo do escritor venezuelano tenta elucidar as
motivações dos autores intelectuais e materiais do golpe de Estado contra o
governo do presidente Hugo Chávez em abril de 2002.
Fonte: Correo del Orinoco
Via Portal Vermelho
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