O governador Beto Richa (PSDB) está batendo biela para
responder à crise moral que assola sua gestão, carcomida por denúncias de
corrupção de amigos e do primo Luiz Abi Antoun.
Em menos de 24 horas, o tucano apresentou duas versões para
as investigações de fraude em licitações, propinas na Receita Estadual e casos
pedofilia no círculo do poder estadual.
À jornalista Joice Hasselmann, da TV Veja, ontem Richa
atacou promotores do Gaeco – a quem chamou de “raivosos” – acusando-os de
estarem mancomunados com o senador Roberto Requião (PMDB).
Na mesma entrevista a Veja, o governador defendeu o lobista
Luiz Abi afirmando que “não havia sentido” para a prisão de seu parente.
Pois bem, neste sábado à noite o governador Beto Richa
concedeu entrevista à RPC TV (Globo). Agora ele adotou a linha de que Abi é seu
“parente distante” e admitiu que tem “algum convívio social” com o homem
acusado de “chefiar uma quadrilha” no governo do estado.
A entrevista de hoje foi um avanço porque, há uma semana,
Richa afirmou à Rádio CBN Londrina que Luiz Abi não era seu parente. “Até pelo
Código Civil, é um parentesco tão distante que não é nem considerado parente”
(clique aqui).
As denúncias de corrupção chegaram ontem ao primeiro escalão
do governo, o que apavorou o Palácio Iguaçu. O Gaeco de Londrina adianta que
haverá desdobramentos das operações na semana que vem, ou seja, novas prisões
deverão ser efetuadas no entorno do Centro Cívico.
A secretária da Administração, Dinorah Nogara, foi apontada
pelo Ministério Público como facilitadora da ação do primo do governador
visando às fraudes nas licitações de oficinas mecânicas investigadas na
Operação Voldemort.
Via Blog do Esmael
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