Em um dia de otimismo no mercado financeiro, o dólar caiu
para perto de R$ 4 e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve a maior
alta em 14 meses.
O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (29) em R$ 4,024,
com queda de R$ 0,056 (-1,36%). A moeda está no menor valor desde o dia 6 (R$
4,021).
O Ibovespa, índice da Bolsa de São Paulo, fechou o dia com
alta de 4,34%, em 40.305 pontos. O indicador encerrou acima de 40 mil pontos
pela primeira vez desde o último dia 8. A alta foi a maior registrada desde 21
de novembro de 2014, quando o índice tinha subido 5,02%.
As ações da Petrobras, as mais negociadas, também subiram.
Os papéis ordinários da estatal, que dão direito a voto em assembleia, subiram
6,29% e fecharam a semana em R$ 6,93. As ações preferenciais, que dão
preferência na distribuição de dividendos, encerraram em R$ 4,84, com alta de
5,22%.
Apesar do dia de euforia no mercado financeiro, a Bolsa
encerrou janeiro com queda de 7,02%. O dólar fechou o primeiro mês do ano com
alta de 1,93%.
O otimismo no mercado financeiro veio depois que o Banco
Central do Japão decidiu adotar juros negativos na terceira maior economia do
planeta. Também contribuiu a divulgação de dados que mostram que a economia dos
Estados Unidos desacelerou no quarto trimestre e subiu 0,7%.
A adoção de juros negativos no Japão ajudou a impulsionar a
cotação do petróleo no mercado internacional. Isso porque o país asiático é
grande consumidor de matérias-primas, e medidas para estimular a economia
japonesa favorecem países exportadores de commodities (bens agrícolas com
cotação internacional), como o Brasil.
Em relação aos Estados Unidos, o crescimento abaixo do
esperado reforça as expectativas de que o Federal Reserve, Banco Central do
país, demore a aumentar os juros da maior economia do planeta. Taxas mais
baixas nos países desenvolvidos ajudam a segurar dólares em países de juros mais
altos, como o Brasil.
*Com informações complementares da Agência Lusa
Via – Blog Dag Vulpi
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