A comissão criada em Moçambique para investigar o atentado
contra um dirigente do principal partido opositor, Renamo, tem hoje elementos
para esclarecer o caso, afirmou uma autoridade policial.
Manuel Bissopo - Líder do partido oposicionista REMANO em Moçambique |
"Nossa equipe já está na cidade de Beira (central
província Sofala) e tem elementos para esclarecer o caso", disse à
imprensa o porta-voz da Polícia, Inácio Dina, a propósito do ataque a tiros cometido
no dia 20 nessa região contra o secretário geral da Resistência Nacional
Moçambique (Renamo), Manuel Bissopo.
Dina insistiu em que a prioridade agora é prender os autores
da agressão e reiterou que existem indícios a partir de testemunhas do
atentado.
"Trabalhamos com todo mundo, incluindo a vítima",
declarou o representante da ordem, que adiantou que no momento a Polícia terá
informações concretas para entregar aos meios de comunicação.
Bissopo foi baleado por desconhecidos quando conduzia seu
automóvel em Beira, onde foi registrada a morte de seu guarda-costas.
Segundo o porta-voz da Renamo, Antônio Muchanga, o
secretário geral recebe atenção médica em uma clínica da África do Sul.
"Está em observação" e apresenta melhoras.
Explicou que uma terceira avaliação médica do quadro clínico
foi decisiva para sua transferência, na noite de quinta-feira, para o país vizinho.
Outras fontes informam que o político foi atingido por um
tiro que "passou pela sexta costela, a dois centímetros da aorta e
permanece alojada bem perto da artéria".
Declaram que no ataque foram disparadas munições de
fragmentação de um total de 16 tiros.
A Renamo e a governante Frente de Libertação de Moçambique
(Frelimo) acusam-se mutuamente de sequestrar e torturar seus militantes.
O líder do partido opositor, Afonso Dhlakama, reitera que a
partir de março seu movimento governará, através de manifestações, em seis
províncias do centro e norte de Moçambique.
Dhlakama recusa também uma possível reunião com o presidente
Filipe Nyussi para resolver a atual crise política e acusa o governante e a
Frelimo de excluir todas as iniciativas encaminhadas para encontrar uma maneira
de sair do problema.
Atualmente a tensão política domina o país pela animosidade
da Resistência em reconhecer os resultados das últimas eleições gerais (outubro
de 2014) e seu requerimento de governar em seis províncias, onde reclamam uma
vitória nas urnas.
Via – Prensa Latina
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