Por *José Fernandes de Oliveira
Como o riacho que vai se unir ao mar
Vou para a casa do Pai sem descansar
Nossas histórias iguais são por demais
Quem sabe aonde chegar pode bem mais
Água pequena desceu, cantarolou
Rochedo a interrompeu, ela o cavou
Homem tentou impedir, ela cresceu
Homem temeu sucumbir, água venceu
Nuvem choveu lá no céu, água subiu
Desceu fazendo escarcéu, tornou-se um rio
Homem tentou impedir, ele cresceu
Homem deixou água ir, luz acendeu
Rio viu povo morrer buscando pão
Rio deixou-se prender regando o chão
Deu sua força a beber, participou
Ao ver a vida crescer, continuou
Água jamais aceitou silenciar
Água jamais descansou sem ver o mar
Nem cataclismo impediu tal vocação
E ninguém vai impedir meu coração
*Padre Zezinho!
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