Representantes de universidades públicas da Venezuela
convocaram hoje uma manifestação nacional na próxima terça-feira em defesa de
seus direitos e contra os projetos da direita para desestabilizar o país.
De acordo com Telémaco Figueroa, coordenador da Federação de
Trabalhadores Universitários da Venezuela (FTUV), o chamado
"Portonazo", desde as 10:00 horas (local), servirá para denunciar
iniciativas do Legislativo, de maioria opositora ao Governo, que dão voz
beligerante às instituições autônomas de Ensino, que só busca o conflito.
Em nossos centros docentes, reafirmaremos as conquistas e
avanços atingidos desde a chegada do Presidente Hugo Chávez (1999-2013) e que
se mantêm até a atualidade, afirmou o ativista.
"Nós não vamos cair na armadilha da nova Assembleia
Nacional de tentar meter o setor nessa agenda de direita", ressaltou em
referência à criação de uma Comissão Especial do Parlamento para investigar
reclames ao Executivo por parte das universidades autônomas.
Segundo a proposta, realizada pelo deputado opositor Miguel
Pizarro, a nova Assembleia Nacional assumirá "a luta das universidades
autônomas" que, segundo propôs, são asfixiadas pelo Governo
nacional".
Figueroa sublinhou que a Federação defenderá a Lei Orgânica
de Educação, que estabelece que os integrantes do setor universitário
(estudantes, trabalhadores e professores) devem ser os que escolham suas
autoridades.
Outro dos objetivos do Portonazo, disse, será manifestar o
rechaço às ações da direção parlamentar e de seu titular Henry Ramos Allup, ao
retirar os retratos do Libertador Simón Bolívar, e do Comandante Chávez.
Na Venezuela, a postura de algumas autoridades
universitárias, que se opõem a prestar contas ao Estado, tem sido acompanhada
por ações desestabilizadoras mediante paralisações que afetam mais de 225 mil
estudantes de todo o país.
Durante o debate desse tema, ontem, o deputado e chefe da
bancada do Grande Polo Patriótico, Héctor Rodríguez, rebateu a suposta asfixia
das universidades.
Apontou que mais de 60% do orçamento que o Governo
bolivariano investe nessa esfera, está dirigido às universidades autônomas, que
só recebem 15% das matrículas de educação superior.
A Revolução Bolivariana criou mais de quarenta
universidades, democratizando o acesso à educação superior, ressaltou; e
ampliou o número de matrículas, que passou de menos de um milhão em 1999 para
mais de três milhões de estudantes no ano passado.
Via – Prensa Latina.
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