Depois de dizer que pacientes brasileiros
"imaginam" doenças e sugerir rever o tamanho do SUS, o ministro
interino da Saúde, Ricardo Barros, deu, em pleno 2016, a seguinte explicação
para o fato de homens irem menos aos médicos que as mulheres: "trabalham
mais do que as mulheres e são os provedores" das casas brasileiras, por isso
"possuem menos tempo".
O ministro interino da Saúde, Ricardo Barros, deu nesta
quinta-feira (11) mais uma de suas declarações retrógradas, que certamente
provocará a ira de movimentos sociais e especialmente feministas.
Para ele, a explicação para o fato de homens irem menos a
médico do que as mulheres é porque "trabalham mais do que as mulheres e
são os provedores" das casas brasileiras, assim "possuem menos
tempo".
Sua pasta lançou nesta quinta um guia do Pré-Natal do
Parceiro, com o objetivo de incentivar os homens a fazer exames de prevenção ao
acompanhar as mulheres aos postos de atendimento durante a gravidez.
"Nesse momento em que eles vão aos postos de saúde
acompanhar as mulheres no pré-natal, nós queremos capturar os homens",
disse Barros. "Normalmente, quando o atendimento familiar vai à casa das
famílias, os homens estão fora trabalhando", acrescentou.
A afirmação do ministro vai contra dados do IBGE, que
atestam que as mulheres brasileiras trabalham mais do que os homens. Em 2004,
elas trabalhavam 4 horas a mais que eles por semana, somadas as horas
trabalhadas dentro e fora de casa. Em dez anos, essa dupla jornada passou a ser
de mais de 5 horas de diferença.
Ricardo Barros, indicação do PP para o governo de Michel
Temer, já causou polêmica antes ao dizer que brasileiros "imaginam"
doenças e por isso gastam recursos desnecessários do SUS, que o programa Mais
Médicos será temporário e que o tamanho do SUS deveria ser revisto. Ele também
defende a proposta de criar planos de saúde populares.
Fonte: Brasil 247
Via Portal Vermelho
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