A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje a alta
efetividade dos ensaios clínicos da primeira vacina contra o ebola, cujo último
surto causou mais de 11 mil mortes.
Segundo a agência de saúde da ONU, como parte dos estudos, o
imunógeno rVSV-ZEBOV foi provado com resultados muito positivos em 5.837 mil
pessoas na Guiné, nação por onde emergiu em 2014 a epidemia que se estendeu à
Serra Leoa e Libéria. Entre os que receberam a vacina não se registrou nenhum
caso de ebola nos 10 dias ou mais após a inoculação, declarou a meios de
comunicação a diretora geral adjunta da OMS para o sistema de saúde e inovação,
Marie-Paule Kieny. Além disso, a pesquisa abarcou seis mil voluntários
adicionais que não receberam a injeção, os quais foram acompanhados pelas
equipes da OMS, que registraram 23 casos da doença neste grupo.
Nas palavras de Kieny, ainda que estes convincentes
resultados cheguem muito tarde para aqueles que morreram na epidemia de ebola
no oeste da África, quando surgir o próximo surto teremos defesa.
A propósito dos resultados positivos da injeção contra o
vírus do Ebola, fica por determinar quanto tempo dura a imunidade com esta
vacina, da qual só se requer uma dose para que seja efetiva.
A diretora adiantou que agora se prepara o expediente para
submeter este antivírus ao processo de registro nos Estados Unidos e na União
Europeia, processo que está previsto concluir em 2018 para que o imunógeno
chegue ao mercado.
A rVSV-ZEBOV foi desenvolvida pela Agência de Saúde Pública
do Canadá e está produzida pela companhia farmacêutica estadunidense Merck.
O ebola é uma doença ocasionada no ser humano pelo vírus do
Ebola, e normalmente seus sintomas começam entre dois dias e três semanas após
ter contraído o vírus, com febre e dores de garganta, musculares e na cabeça.
Pelo geral, seguem náuseas, vômitos, e diarreias, junto com
falha hepática e renal. Nesse momento, alguns pacientes começam a sofrer
complicações hemorrágicas.
A partir da epidemia de 2014 surgida na África Ocidental,
produziram-se contágios em outros continentes.
Fonte: Prensa Latina
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