Sem dinheiro para comprar a prótese, que custa cerca de R$ 10 mil, o pedreiro comprou um cano de 100 milímetros e um “cotovelo” da mesma medida. Usando fogo ele ligou as duas peças e com fita adesiva prendeu o artefato na perna.
A cena do pedreiro chapiscando o muro de uma residência no Distrito do Sumaré, na tarde de ontem (8), com certeza passou despercebida para muitas pessoas que passavam. Porém, o radialista Pedro Machado da rádio Caiuá Fm de Paranavaí, ficou sensibilizado com a imagem de Fernando Ramos Leonel, 34 anos, trabalhando com uma “prótese” improvisada, feita com cano de plástico, um cotovelo de PVC e uma fita adesiva.
A cena do pedreiro chapiscando o muro de uma residência no Distrito do Sumaré, na tarde de ontem (8), com certeza passou despercebida para muitas pessoas que passavam. Porém, o radialista Pedro Machado da rádio Caiuá Fm de Paranavaí, ficou sensibilizado com a imagem de Fernando Ramos Leonel, 34 anos, trabalhando com uma “prótese” improvisada, feita com cano de plástico, um cotovelo de PVC e uma fita adesiva.
O pedreiro sofreu um grave acidente no dia 17 de março deste
ano, na BR-376 próximo ao trevo de Alto Paraná. Ele voltava para Paranavaí
depois de comprar uma moto e foi atingido por um caminhão. Entre idas e vindas,
o motociclista ficou mais de quatro meses internado em hospitais de Paranavaí e
na cidade de Londrina.
Durante esse período, Leonel teve que amputar parte da perna
direita (do joelho para baixo). Ele explicou que a decisão médica surgiu depois
que contraiu uma bactéria. “Se não fizesse a amputação correria sério risco de
morrer."
Casado e com uma filha de nove anos para sustentar, o
pedreiro se viu obrigado a achar alternativa para não deixar a família em
situação financeira difícil. Sem dinheiro para comprar a prótese, que custa
cerca de R$ 10 mil, o pedreiro comprou um cano de 100 milímetros e um
“cotovelo” da mesma medida. Usando fogo ele ligou as duas peças e com fita
adesiva prendeu o artefato na perna.
O problema é que o material não é adequado e provoca fortes
dores ao final do dia. O pedreiro tem que tomar remédio para poder suportar a
dor e dormir. “Deus deu o livramento de vida e arrancou só a perna. Era para eu
estar morto. Por isso, tenho que seguir a vida”, disse Leonel.
No final da entrevista dada ao radialista Pedro Machado, o
pedreiro foi questionado sobre a possibilidade de ser ajudado. Ele explicou que
pensa em fazer rifa para juntar dinheiro e comprar a prótese. Porém, em tempo
de crise, ainda não sobrou dinheiro para comprar algo. “Moro aqui nas populares
do Sumaré e quem quiser ajudar pode entrar em contato no telefone de minha
esposa 99178-5806.”
Via - Diário do Noroeste
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