Em meio às análises sobre possibilidades do que a oposição a
Michel Temer já denominou como "golpe dentro do golpe", com as
mudanças introduzidas pela gestão peemedebista e, em seguida, após a queda de
Temer, a tentativa de um nome do PSDB assumir a Presidência do país, Fernando
Henrique Cardoso voltou a dar sinal verde como este nome do partido.
Por outro lado, a nova manifestação de FHC foi no sentido de
que a imagem denegrida de Temer, por conquistar o cargo após um impeachment e
não uma eleição direta, traria prejuízos maiores a um possível indicado pelo
Congresso.
Isso porque se o atual presidente Michel Temer for
destituído, a legislação prevê que o novo nome é escolhido pelo Congresso
Nacional, em eleição indireta, para cumprir os restantes dois anos de mandato,
antes de uma nova eleição popular.
A escolha pelos parlamentares estaria na direção de um nome
do PSDB. Por isso, manifestações mais sucessivas partem de caciques da sigla,
como Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso.
Ainda não certos da possibilidade real de que Temer caia,
mas já com vistas a esse planejamento, os tucanos apresentam-se ainda fiéis ao
mandato do peemedebista. Não à toa, Aécio foi um dos primeiros a se posicionar
favorável ao governo atual, quando estourada a crise ministerial com as
denúncias do ex-ministro Marcelo Calero, do PSDB.
FHC, em seguida, também criticou o indicado da sigla para o
Ministério, que gravou conversas comprometendo o braço direito do governo,
Geddel Vieira Lima, e o próprio presidente Michel Temer.
Mais recentemente, contudo, FHC mostrou que o partido vem se
preparando. "Prefiro acreditar que isso [impeachment de Michel Temer] não
vá acontecer. Faço todo esforço para que não haja a queda de Temer. (...) Mas
se a pinguela cair, o Congresso terá de convocar eleições diretas. Porque é
difícil governar nessa situação de escolha indireta pelo Congresso",
disse.
A fala foi concedida em entrevista ao programa
"Diálogos", de Mario Sergio Conti, na Globonews, na noite de
quinta-feira (01). Mostrando o duplo lado do partido, que hoje compõe boa parte
do Ministério de Temer, também se posiciona com críticas engatilhadas para a
possível derrota do peemedebista.
Via – Jornal GGN
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