O governo e Senado brasileiros coincidiram na necessidade de desenvolver uma agenda conjunta para assegurar a estabilidade política, implementar medidas de ajustes e garantir a reanimação da economia.
Depois de uma reunião ontem com o líder do Senado, Renan Calheiros, o ministro da Fazenda Joaquim Levy, destacou o interesse desse órgão do Legislativo em trabalhar com o executivo para promover reformas estruturais a longo prazo que propiciem um novo ciclo de desenvolvimento, de geração de emprego e investimentos.
Tratou-se de um encontro positivo, sublinhou Levy, ao assinalar que teve convergência no sentido de impulsionar iniciativas destinadas a expandir a economia.
Pontuou que recebeu um documento com uma série de propostas, algumas das quais já foram apresentadas pela administração e aguardam sua aprovação no Congresso nacional.
Ainda que não tenha oferecido detalhes, informou que os senadores propuseram ao executivo trabalhar em três pontos: melhorar o ambiente de negócios, equilíbrio fiscal e proteção social.
Incluem-se igualmente a necessidade de empreender uma reforma tributária, sancionar uma lei de Responsabilidade das empresas estatais e medidas para repatriar os fundos de brasileiros no exterior.
O ministro anunciou a esse respeito a realização nos próximos dias de uma reunião entre as duas partes para definir uma agenda e oferecer um sinal positivo aos investidores e empresários, bem como oferecer maior segurança e confiança.
Neste contexto, o líder do Senado assinalou que o Congresso não deseja contribuir para agravar a situação política do país e rechaçou que a análise das contas públicas da presidenta Dilma Rousseff fosse uma prioridade.
Desta forma, Calheiros descartou qualquer alinhamento com Eduardo Cunha, o máximo representante do outro órgão parlamentar (a Câmara de Deputados), que na semana passada aprovou em uma única sessão os balanços financeiros de três governos anteriores a Rousseff.
Segundo meios de imprensa nacionais, Cunha apressou a sanção desses relatórios financeiros para poder no final deste mês discutir os correspondentes ao de 2014 da presidenta, depois que o Tribunal de Contas anunciasse supostas irregularidades nos mencionados documentos.
A postura do líder do Senado poderia contribuir a arrefecer o cenário político e impedir um agravamento da situação nesta nação.
Depois deste encontro de Levy com Calheiros, a presidenta ofereceu ontem à noite um jantar a senadores de partidos políticos aliados, com a presença de ministros da equipe política e econômica de sua administração.
Via - Prensa Latina
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