“Nem tudo que reluz é ouro, mas também é no lodo que se
formam as lindas pérolas”
É no rústico frigir dos ovos que nos damos conta de quem é
quem no palco da vida. Aparências mais que enganam, elas causam vertigem, elas
muitas vezes nos deixam cegos. São nessas ocasiões que nos damos conta de que
nossas fichas muitas vezes foram enganosamente apostadas.
São contraditórias as
aparências, é preciso aprendermos, que um livro não pode ser julgado pela capa,
Temos que nos dar conta de que um rótulo nem sempre diz a realidade sobre o
produto. “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”, assim nos dizia a
vovó em sua sabedoria.
Mais tarde, o descuido nos fez acreditar que a primeira
impressão é a que fica, pode até ser, mas isto só funciona se porventura não
vermos mais a pessoa de quem tivemos a primeira impressão. Nada é mais
revelador do que o convívio. Muitos casais só
revelam sua verdadeira personalidade após algum período do casamento,
após um determinado tempo de convívio é que a realidade vem à tona.
A verdade deprimente ou satisfatória não está unicamente nos
relacionamentos íntimos, está em nosso dia a dia, em nossas ocasiões, em nossas
decisões, naquilo que julgamos ser uma coisa e que fatalmente ou
surpreendentemente mostra-se outra.
Isto também funciona no lado oposto da moeda, a aparência é
realmente enganadora, temos que duvidar, questionar, nos assegurarmos para não
sermos vítimas de uma ilusão de ótica, muitas vezes o que se mostra ruim, com o
tempo revela-se bom, é onde cabe o ditado de que: “o diabo não é tão feio como
se pinta”. É onde aparece a necessidade de policiarmos nossos pré-conceitos.
A grande sacada de tudo isso, é que temos que ser bons
juízes, bons analíticos, exímios observadores, não tomando decisões
precipitadas, julgando tudo na justa
medida, com cautela, tendo uma opinião prudente sobre a isto ou aquilo, este ou
aquele e assim por diante. É através do conhecimento que podemos expor nossas
opiniões, formular nossos princípios e chegarmos aos nossos conceitos. Isto nos
implica destreza, e necessariamente tempo, pois o tempo é que pode nos dizer
verdades e nos faz cientes de toda realidade.
Mateus Brandão de Souza, Graduado em história pela FAFIPA.
Texto de minha lavra republicado - Publicação original Aqui.
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