O Ministério da Saúde alerta que a vacina é a única forma de
prevenção contra paralisia infantil. A campanha vai até dia 31 de agosto e não
deverá ser prorrogada
Foto/G1 |
BRASÍLIA - Mais de 6,3 milhões de crianças ainda precisam
ser vacinadas contra a paralisia infantil em todo o país. Balanço do Ministério
da Saúde, divulgado nesta terça-feira, indica que, até o momento, 6,4 milhões
crianças foram imunizadas durante a 36ª Campanha Nacional contra a
Poliomielite, que iniciou no dia 15 deste mês.
A expectativa é vacinar, pelo menos, 12 milhões de crianças
entre seis meses e cinco anos incompletos, o que representa 95% do
público-alvo, formado por 12,7 milhões.
Vale destacar que todas as crianças nessa faixa-etária devem
ser imunizadas, mesmo que já tenham completado o esquema vacinal contra a
pólio. Neste caso, a dose servirá como reforço na proteção.
A campanha não tem perspectiva de prorrogação, portanto é
essencial que pais e responsáveis levem as crianças nos postos de vacinação até
a próxima segunda-feira (31). O objetivo da campanha, realizada pelo Ministério
da Saúde em parceria com estados e municípios, é manter o país livre da pólio,
uma vez que o último caso da doença foi registrado em 1989.
Outras doenças, como sarampo e caxumba, também podem ser
evitadas por meio da vacinação ainda na infância. Para isso, este ano o
Ministério da Saúde realiza, juntamente com a campanha contra a pólio, ação
para atualizar a caderneta de vacinação infantil.
A orientação é que pais e responsáveis, quando levarem as
crianças para receber a gotinha contra a paralisia, apresentem a caderneta ao
profissional de saúde, que irá avaliar a necessidade da administração de outras
vacinas.
Assim, doses que estiverem em atraso poderão ser aplicadas
na hora ou agendadas para outra data, mantendo o esquema vacinal da criança
atualizado. Durante a campanha, serão disponibilizadas vacinas contra
tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, varicela,
meningites, febre amarela, hepatites, difteria e tétano, entre outras.
As crianças que ainda não iniciaram o esquema vacinal contra
a poliomielite não receberão a gotinha, mas sim a dose injetável da vacina, que
é aplicada aos dois e quatro meses de idade do bebê. A vacina de oral só é
administrada depois que a criança já recebeu as duas doses injetáveis.
POLIOMIELITE
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave. Na
maioria dos casos, a criança não vai a óbito quando infectada, mas adquire
sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia irreversível,
principalmente nos membros inferiores. A doença é causada pelo poliovírus e a
infecção se dá, principalmente, por via oral.
O Brasil é referência mundial em vacinação e o Sistema Único
de Saúde (SUS) garante à população brasileira acesso gratuito a todas as
vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente, são
disponibilizadas pela rede pública de saúde, de todo o país, 17 vacinas que
integram o Calendário Nacional e combatem mais de 20 doenças, em diversas
faixas etárias.
Esquema sequencial de vacinação contra a poliomielite
Idade Qual a vacina
2 meses Vacina
inativada poliomielite/VIP (injetável)
4 meses VIP
6 meses Vacina oral
poliomielite/VOP
15 meses VOP
(reforço)
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