O segmento que impulsionou a criação de emprego no setor
agropecuário foi a pecuária, com 1.227 novas vagas ao longo de 2015. Este
também foi o maior saldo do segmento desde 2011.
Nem mesmo a recessão nacional que atingiu o país no ano
passado impediu o crescimento no estoque de empregos no setor, que fechou o ano
com 3.067 novos postos com carteira assinada, segundo boletim anual do Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado no último dia 21.
As informações são da Agência de Notícias do Paraná (ANPr).
O resultado é 24% superior ao melhor resultado atingido até
então, que foi em 2013, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná
registrou um dos seus melhores resultados, desde 2010.
De acordo com Juliano Padilha, economista do Observatório do
Trabalho da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social, a conjuntura
econômica de 2013 era bastante diversa da atual. Naquele ano, o Paraná criou
78.507 novas vagas de emprego formal, ao contrário de 2015, quando foram
eliminados 75.548 postos de trabalho.
“Percebemos que o desempenho da agropecuária em outros anos
foi afetado pela economia nacional, bem diferente do que aconteceu ano
passado”, destacou Padilha. “Em 2015 não verificamos a influência da economia
interna prevalecendo sobre o mercado de trabalho.”
DESTAQUE - O segmento que impulsionou a criação de emprego
no setor agropecuário foi a pecuária, com 1.227 novas vagas ao longo de 2015.
Este também foi o maior saldo do segmento desde 2011. Em seguida, aparecem as
atividades de apoio à agropecuária, que geraram 1.070 empregos formais,
resultado muito maior que o registrado em 2014.
“A maioria dos empregos foi gerada pelos frigoríficos
paranaenses, fato que influenciou toda a cadeia produtiva do setor do frango no
Paraná”, disse o economista.
LIDERANÇA - A força do agronegócio posicionou o Paraná como
o estado da Região Sul que gerou o maior número de empregos no setor
agropecuário em 2015. O estado se destacou ao fechar o ano com saldo positivo
de 3.079 novos postos de trabalho criados de janeiro a dezembro.
Na Região Oeste, os frigoríficos desempenharam um papel
importante na geração de postos de trabalho deste setor, principalmente aqueles
que têm a produção voltada à exportação.
No noroeste, a cultura da laranja também criou um número
expressivo de empregos em junho e julho de 2015, o que contribuiu para o bom
resultado no acumulado do ano.
Via – Diário do Noroeste
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