A Polícia Federal decidiu investigar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por repasses feitos pelo tucano à sua ex-amante, Mirian Dutra, no exterior, entre 2002 e 2006.
Em entrevistas recentes à imprensa, a jornalista, que trabalhou 35 anos na TV Globo, revelou que FHC lhe pagava uma mesada por meio da empresa Brasif, que controlava free shops nos aeroportos brasileiros.
Segundo a jornalista, o tucano teria depositado US$ 100 mil na conta da Brasif, que repassava a ela mensalmente, em parcelas de US$ 3 mil, por meio de um contrato fictício de trabalho que nunca foi cumprido.
À época, Mirian vivia na Espanha com o filho Tomás. Pela Globo, ela também morou em Londres e em Lisboa, mas seu trabalho dificilmente era veiculado na emissora, como relatou em uma entrevista à revista Brazil com Z.
Em nota, a Brasif confirmou ter contratado a jornalista Mirian Dutra Schmidt, em 2002, mas negou participação do ex-presidente na contratação ou no depósito de dinheiro na conta da empresa para ser repassado a ela.
A empresa também disse que a contratação de Mirian foi uma indicação de Fernando Lemos, cunhado da jornalista. A nota informa que a Brasif Duty Free Shop e a Eurotrade Ltd foram vendidas em 2006.
A jornalista diz que Tomás é filho de FHC, mas dois exames de DNA deram resultado negativo. Nesta mesma entrevista, ela sugere que o ex-presidente possa ter comprado o exame e nega que o tucano tenha alguma vez reconhecido a paternidade, conforme já foi divulgado.
Nesta semana, deputados do PT e do PCdoB foram ao Ministério da Justiça apresentar formalmente um pedido de investigação sobre as denúncias de Mirian Dutra contra Fernando Henrique. Segundo FHC, as denúncias de Mirian Dutra são "invenções".
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Justiça:
O Ministério da Justiça informa que a Polícia Federal, no âmbito das suas competências constitucionais, determinou nesta sexta-feira (26), a abertura de inquérito para apurar a ocorrência de eventuais ilícitos criminais noticiados por Mirian Dutra Schimidt, em matéria publicada pela Folha de São Paulo, na coluna Monica Bergamo, no último dia 17 de fevereiro de 2016. O inquérito tramitará em sigilo, na forma da legislação em vigor.
Via Brasil 247
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